Mandarin Oriental Lutetia marca 115 anos entre arte, memória e novos começos

Hotel histórico de Paris celebra aniversário com homenagem ao seu legado cultural e revela leque exclusivo que simboliza a união entre tradição e futuro.

lvreriaHotel conecta anrte, memória e novos começos. 

Verdadeiro emblema da margem esquerda, o Mandarin Oriental Lutetia, Paris atravessa 115 anos reafirmando seu papel como ponto de encontro da cultura, da memória e do savoir-vivre parisiense. A celebração reuniu a família Akirov, proprietária do hotel, e Laurent Kleitman, Group Chief Executive da Mandarin Oriental, que receberam pessoalmente convidados para marcar o aniversário e o início de um novo capítulo na história do endereço.

Durante o encontro, Kleitman ressaltou o caráter vivo e criativo do hotel, profundamente conectado às artes e à imaginação. “Corações pulsantes do cinema, da literatura, do teatro, da arquitetura, da música e da dança, este lugar pertence a vocês. Que venham aqui com frequência para escrever, sonhar, criar, cada um deixando a marca de sua voz singular, ou simplesmente para não fazer nada além de saborear o momento. Que cada visita se torne parte da memória viva deste lugar lendário, neste bairro icônico.”

Para Georgi Akirov, proprietário do Lutetia, o aniversário simboliza mais do que uma data histórica. “Este aniversário é especialmente significativo, pois marca o início de um novo e promissor capítulo. Desde abril, o Lutetia passou a integrar a família Mandarin Oriental, uma parceria construída sobre valores compartilhados de excelência, autenticidade e profundo respeito pelo patrimônio. Não poderia estar mais confiante no futuro deste hotel lendário.”

Um leque como obra de arte e símbolo de continuidade

lequeLeque brisé demandou mais de 230 horas de trabalho.

Para assinalar os 115 anos, o Mandarin Oriental Lutetia revelou um leque exclusivo criado pela Maison Duvelleroy, tradicional maison parisiense especializada na arte dos leques. Ícone histórico da Mandarin Oriental, o objeto traz o navio — símbolo comum a Paris e ao Lutetia desde suas origens — como elo entre duas instituições centenárias.

Produzido artesanalmente na França, o leque brisé, sem pregas, demandou mais de 230 horas de trabalho. A peça combina marchetaria em palha e madeiras exóticas, detalhes em madrepérola e acabamento em fita branca. O resultado é um jogo delicado de luz, em que os reflexos iridescentes e os tons aquáticos dialogam com a profundidade do mogno, transformando-se conforme o dia avança para a noite.

115 anos entre arte, história e resistência

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Desde 1910, o Lutetia ocupa lugar singular no coração da margem esquerda. Idealizado pela família Boucicaut, fundadora do Le Bon Marché, nasceu como refúgio sofisticado para uma clientela exigente, unindo com elegância o Art Nouveau e o Art Déco. Ao longo do século 20, tornou-se endereço frequente de artistas e escritores como Pablo Picasso, James Joyce, Joséphine Baker e Antoine de Saint-Exupéry, consolidando-se como extensão natural da efervescência intelectual do bairro.

O hotel também carrega um capítulo profundo de sua história durante a Segunda Guerra Mundial. Após ser requisitado pelas forças de ocupação, tornou-se local de acolhimento para deportados que retornavam dos campos de concentração nazistas — um período que imprimiu ao Lutetia valores duradouros de resiliência, empatia e esperança.

Nas décadas seguintes, o endereço seguiu moldado por figuras criativas como Sonia Rykiel, David Lynch e Serge Gainsbourg. A restauração conduzida pelo arquiteto Jean-Michel Wilmotte, revelada em 2018, devolveu o brilho ao palácio, preservando sua alma original enquanto dialoga com as expectativas contemporâneas. Desde 2025, sob gestão da Mandarin Oriental, o Lutetia segue comprometido em proteger sua identidade singular, oferecendo uma hospitalidade que transforma cada estadia em memória.