Sami Arap, da Vale, defende mineração sustentável como motor da transição energética global
Em Londres, o vice-presidente da Vale destacou que a transição energética global passa por minerais estratégicos como ferro, níquel e cobre, e afirmou que a companhia é hoje uma das líderes mundiais em inovação e proteção ambiental.
O vice-presidente da Vale, Sami Arap, afirmou nesta sexta-feira (31), durante o LIDE Brazil Reino Unido Fórum, em Londres, que a descarbonização é o principal desafio e também a maior oportunidade da geração atual. Ele ressaltou que a Vale atua como protagonista nesse processo, desenvolvendo soluções tecnológicas e parcerias para reduzir emissões e tornar a mineração global mais sustentável.
“A Vale não é apenas uma empresa de mineração. É também logística, metalurgia e inovação industrial com uma pauta de sustentabilidade brutal”, disse Arap. Segundo ele, a companhia investe em três pilares minerais essenciais para a transição energética — ferro, níquel e cobre —, todos fundamentais para setores como veículos elétricos e energias renováveis.
O executivo explicou que o setor siderúrgico global responde por cerca de 8% das emissões de carbono no mundo, e que a Vale vem firmando mais de 50 acordos internacionais para reduzir esse impacto. “O nome do jogo é descarbonização”, afirmou. Ele destacou que a empresa desenvolveu um portfólio flexível de produtos, incluindo o briquete de minério de ferro produzido a seco, que pode reduzir em até 10% as emissões de carbono dos altos-fornos da indústria siderúrgica mundial.
Arap também citou os megahubs da Vale — polos industriais integrados em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Omã, Estados Unidos e Brasil —, criados para promover parcerias locais em torno de energia limpa e economia circular. “Estamos trabalhando lado a lado com nossos clientes para oferecer produtos que conciliem eficiência operacional e impacto ambiental positivo”, destacou.
Vice-presidente da Vale, Sami Arap. (Foto: Felipe Gonçalves/LIDE)
Durante sua fala, o executivo mencionou ainda a histórica refinaria de níquel da Vale em Swansea, no País de Gales, fundada em 1902 e adquirida pela companhia na década de 1970, como símbolo da presença internacional da empresa e de sua cooperação com o Reino Unido no campo da transição energética.
Outro ponto central de sua exposição foi o compromisso ambiental da Vale na Amazônia, especialmente na Floresta de Carajás, no Pará. Arap informou que a área protegida pela empresa chega a 900 mil hectares — o equivalente a seis vezes o tamanho de Londres — e que apenas 3% desse território é destinado à mineração. “É uma mineração sustentável, feita com tecnologia e em parceria com as comunidades locais”, explicou, ressaltando a atuação conjunta com o ICMBio e o governo do Pará para combater a mineração ilegal e preservar o bioma.
Ao encerrar, o vice-presidente afirmou que a Vale busca associar sustentabilidade e desenvolvimento econômico, investindo em mobilidade urbana, saneamento, cultura e educação nas regiões onde atua. “Se não investirmos nas comunidades que vivem em torno das nossas operações, quem o fará? É uma obrigação da iniciativa privada participar da construção de um futuro sustentável”, concluiu.
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