Brasil tem potencial para liderar mercado global de apostas, afirma CEO da Phoenix Global Technology

Em Londres, Susan Bala destaca que o país já é o terceiro maior mercado do mundo em apostas e precisa avançar na regulação para transformar o setor em motor de turismo e arrecadação.

A fundadora e CEO da Phoenix Global Technology, Susan Bala, afirmou durante o LIDE Brasil Reino Unido Fórum que o Brasil já figura entre os três maiores mercados do mundo em apostas online e tem condições de se tornar referência global em turismo, arrecadação e tecnologia aplicada à regulação do setor. Segundo ela, o país movimenta mais de R$ 10 bilhões por ano e deve atingir R$ 50 bilhões até 2030, mas ainda carece de marcos regulatórios sólidos que garantam segurança, transparência e controle fiscal.

“O debate sobre apostas vai continuar, mas a verdade é que elas já estão aqui. A questão agora é: o que faremos com isso?”, provocou Bala.

A executiva apresentou a Phoenix Global Technology, empresa que atua com compliance digital e identificação biométrica de jogadores, capaz de detectar manipulações em apostas esportivas, mapear operadores ilegais e assegurar a cobrança correta de impostos. Segundo ela, o uso de tecnologia é essencial para mitigar o mercado negro de apostas e assegurar integridade e rastreabilidade no setor.

Susan Bala destacou que a experiência internacional comprova o poder transformador do jogo legalizado. Citou como exemplo Las Vegas, que se tornou destino turístico global após a legalização das apostas em 1931, e as Filipinas, que elevaram a arrecadação de impostos de US$ 3 milhões para US$ 90 milhões por mês em apenas dois anos após implementar sistemas de auditoria digital. “Quando a regulação vem acompanhada de tecnologia e fiscalização, o impacto é imediato: surgem empregos, escolas, hospitais e infraestrutura”, disse.

FER_3894Fundadora e CEO da Phoenix Global Technology, Susan Bala. (Foto: Felipe Gonçalves/LIDE)

A empresária também compartilhou sua trajetória pessoal na indústria. Pioneira na regulamentação de apostas em corridas de cavalos nos Estados Unidos, Bala enfrentou uma batalha judicial de 20 anos para defender a legalidade de seu modelo de negócios — processo que consolidou sua reputação como uma das principais vozes do setor no país. “Lutei porque acredito que o jogo pode ser um motor econômico legítimo, quando operado com ética e sob regras claras”, afirmou.

Encerrando sua participação, Susan Bala disse acreditar que o Brasil pode transformar a indústria de apostas em um ecossistema de turismo, infraestrutura e tributação sustentável. “Vocês têm uma das maiores oportunidades do planeta. O país está no palco global e pode liderar uma nova geração de crescimento responsável”, concluiu.


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