Angélica Ruiz: Desenvolvimento de múltiplas fontes de energia de baixo carbono, dão ao Brasil oportunidade de atender demanda crescente

Anglo American: o minério produzidono Minas-Rio é considerado premium, com alto teor de ferro (cerca de 67%) e baixo índice de contaminantes,muito demandado pelas siderúrgicas asiáticas por diminuir o nível depoluentes da produção de aço. (Foto: Divulgação)

De acordo com a embaixadora do Reino Unido no Brasil, a Grã-Bretanha é o sexto maior investidor estrangeiro no Brasil e um dos principais destinos de investimentos internacionais. Em um mundo polarizado, todo e qualquer acordo incentivo terá o potencial de aproximar Brasil e Reino Unido ainda mais. E neste ambiente único que o Brasil poderá aproveitar a oportunidade histórica de negociar com base no ótimo histórico da presença de multinacionais e instituições inglesas no país e uma troca profícua de soluções empresariais nas mais diferentes áreas do conhecimento e da tecnologia. Conheça algumas empresas que exemplifica messa vitrine de boas relações:

A Anglo American é um conglomerado britânico e líder global em mineração, com portfólio de operações competitivas de classe mundial que inclui o fornecimento de metais e minerais. No Brasil, a Anglo American opera há 50 anos e, atualmente, possui dois negócios no país: produção de minério de ferro, em Minas Gerais, e de níquel, em Goiás – que, juntos, geram cerca de 11,4 mil empregos, entre diretos e terceiros.

“Hoje, os empreendimentos no país representam de 15% a 17% de todos os negócios do grupo pelo mundo, e o interesse da companhia é que as operações brasileiras cresçam e se estabeleçam cada vez mais sempre prezando pelo diálogo constante e transparente perante às comunidades anfitriãs”, destaca WilfredBruijn, presidente da empresa no Brasil.

No cargo de presidente da Anglo American no Brasil, Bill como é conhecido, tem mais de 25 anos de experiência no ramo da mineração. Antes de ingressar na empresa, foi o principal executivo da Mineração e acordo com a embaixadora do Reino Unido no Brasil, a Grã-Bretanha é o sexto maior investidores estrangeiro no Brasil e um dos principais destinos de investimentos internacionais. Em um mundo polarizado, todo e qualquer acordo incentivo terá o potencial de aproximar Brasil e Reino Unido ainda mais.

E é neste ambiente único que o Brasil poderá aproveitar a oportunidade histórica de negociar com base no ótimo histórico da presença de multinacionais instituições inglesas no país e uma troca profícua de soluções empresariais nas mais diferentes áreas do conhecimento e da tecnologia. Conheça algumas empresas que exemplifica messa vitrine de boas relações:

Usiminas, uma joint venture no Brasil entre a Usiminas e a Sumitomo. Hoje, também atua como cônsul honorários Países Baixos em Minas Gerais e é presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração(Ibram).

“No Reino Unido, onde estão localizados os nossos principais investidores, buscamos realizar intercâmbio com todos os modelos de negócios da companhia, em vista de uma mineração segura, responsável, inovadora sustentável”, sinaliza o executivo.

Energia

Angélica Ruiz, vice-presidente Sênior para a América Latina e chefe de país para o México e o  Brasil. (Foto: Divulgação)

Outra gigante inglesa, a bp, é líder no setor de energia e está presente em mais de 60 países. Em2020, a companhia anunciou a intenção de ser neutra em carbono até 2050, ajudando o mundo a atingira mesma marca. No Brasil, a bp está presente há mais de cinco décadas e atua nos segmentos de exploração, produção de petróleo e gás natural, distribuição de combustíveis de aviação pela Air bp, lubrificantes por meio da Castrol, comercialização de energia com a bp Comercializadora de Energia, além de atuar via joint-ventures em biocombustíveis e bioenergia (bp BungeBioenergia), tancagem e logística de combustíveis(Opla), energia solar (Lightsource bp), geração termoelétrica(GNA) e distribuição de combustíveis marítimos(NFX)

Vice-presidente sênior para a América Latina e chefe de país para o México e o Brasil, Angélica Ruiz, explica que a companhia tem extenso portfólio no Brasil e, por conta das características climáticas e riqueza de reservas naturais, o país possui condições únicas para a produção de energia solar e eólica, complementando a produção de biocombustíveis e ageração termoelétrica a gás.

“A bp tem vasta experiência em exploração em águas profundas e aproveitamos isso para o Brasil, mantendo nosso compromisso de construir um ambiente de hidrocarbonetos mais resiliente e competitivo. Temos a oportunidade de desenvolver, localmente e atender à demanda crescente de energia nos próximos anos, criando ambiente favorável para empresas investirem e criarem um verdadeiro hub regional ou mesmo global de energias de baixo custo”, afirma.

Para Angélica, as características naturais permitem o desenvolvimento de múltiplas fontes de energia de baixo carbono, que juntas, dão ao Brasil a oportunidade de atender a demanda crescente de forma extremamente competitiva quando comparada a outros países.

“Estamos transformando a bp para produzir energia confiável, acessível e com baixo teor de carbono – enquanto continuamos a produzir a energia que m precisa hoje. O Brasil se destaca entre os países prioritários para o desenvolvimento de novos negócios”, evidencia.

Perfil

Angélica Ruiz tem mais de 18 anos de experiência nosetor de energia. Ela assumiu o cargo de vice-presidente Sênior para a América Latina e chefe do país México da bp em julho de2020 e, recentemente, em dezembro de 2022, ocupou o posto de chefe do país para o Brasildentro da organização Regions, Corporates& Solutions da bp e parte da equipe de liderança global.

Como é realizado o intercâmbio com o Reino Unido e qual o potencial da relaçãocomercial entre as duas nações?

O Reino Unido, com presença de longa datano segmento Upstream, desenvolveu umaindústria dinâmica em torno da exploração eprodução offshore de petróleo e gás. Os recursos do Brasil estão em escala entre os 10 melhores do mundo, sendo que a maioriadeles são para águas profundas. Além disso, opaís tem novas possibilidades em petróleo e gás, com enormes bacias inexploradas. Comrecursos descobertos que são comparáveisem escala aos do Kuwait, globalmentecompetitivos e com uma das menorespegadas de carbono, o Brasil e o Reino Unidopoderiam se beneficiar da transferência detecnologia e know-how.

O Brasil já captura uma quantidadesignificativa de CO2 por meio da recuperaçãoaprimorada de petróleo e há potencial significativo de armazenamento de carbonoem suas bacias offshore. O Reino Unido estáliderando o caminho na captura e sequestro de carbono, descarbonizando alguns de seuscentros industriais.

O Brasil poderia usar umpouco dessa experiência e tentar replicar isso.O país tem a oportunidade de liderar asprincipais economias do mundo ao alcançaruma economia de carbono zero, ou mesmocarbono negativo, com custo relativamentebaixo, com capacidade única de obter energiade fontes naturais – água, biomassa, sol evento – apoiada pela abundância de gás natural, pode transformar o Brasil em um pologlobal de energia de baixo carbono, como biocombustíveis e hidrogênio, bem comoprodutos com pegadas de baixo CO2, comoalimentos, aço e papel. Tanto o Brasil quantoo Reino Unido poderiam se beneficiar deesforços conjuntos para desenvolver tais indústrias por meio de investimentosconjuntos e mais comércio.

Inovação

Fundada em 1962 e com sede na Escócia, a Aggreko passou de uma pequena empresa local para uma companhia mundial líder em energia. Por meio da inovação, fornece equipamentos modulares tanto para o curto prazo, quanto para atuação como produtor independente de energia no longo prazo. Na América Latina,a empresa atende, principalmente, os setores de Petróleo e Gás, Mineração e Setor Elétrico

Em fevereiro, a Aggreko anunciou seu primeiro projeto de flare gás no Brasil, reforçando o compromisso em trazer inovações com alto desempenho, sustentabilidade e eficiência econômica para o país. A usina, de 1.1 MW, está situada no município de Linhares, no Espírito Santo, e tem a finalidade de ajudar o cliente a diminuirás oscilações de energia da rede que atende a Estação Coletora de Petróleo e dar destinação comercial ao gás produzido no Campo de petróleo. Para este desafio, a companhia ofertou a geração por meio de gás de poço, tecnologia referência da empresa.

De acordo com Matteo Sarubbi, diretor para América Latina da Aggreko, a relação comercial entre Brasil e o Reino Unido está em um momento de grande potencial em geração de oportunidades. “O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo e minerais do mundo, além de contar com matriz energética majoritariamente renovável. O Reino Unido, por sua vez, é um líder global em tecnologias de energia limpa e sustentável. Vemos muitas oportunidades para a colaboração, o intercâmbio de tecnologia entre as duas nações, especialmente no campo de energias renováveis soluções ambientais. Estamos comprometidos em construir uma relação comercial sólida e mutuamente benéfica com o Brasil, estreitando a colaboração com nossos parceiros locais para desenvolver soluções energéticas inovadoras para o país”, indica.

Campo e Indústria

"A experiência do Reino Unido é uma referência na aplicação do conceito de redução de danos", afirma Rodrigo Moraes, vice-presidente de Assuntos Externos - BAT Latam South. (Foto: Divulgação)

No mercado desde 1902, a British American Tobacco (BAT) é uma das principais empresas de bens de consumo do mundo. Presente em mais de 170 países e com mais de 52 mil colaboradores, inclusive no Brasil, onde emprega diretamente mais de 5 mil colaboradores é reconhecida como uma das melhores empregadoras do país, conquistando por 12 anos consecutivos selo Top Employers. A BAT Brasil – antiga Souza Cruz – tem atenção voltada à sustentabilidade em todas as atividades das energéticas renováveis, até o estímulo às boas práticas ambientais por parte de todos os seus colaboradores.  

Como resultado, a empresa já conseguiu neutralizar mais de 80% das emissões de carbono e a reciclar mais de 98% dos resíduos sólidos gerados. Rodrigo Moraes, vice-presidente de Assuntos Externos - BAT Latam South, conta que o intercâmbio entre o Brasil e o Reino Unido sempre fez parte cotidiano da empresa, sendo inclusive uma das fortalezada companhia.

A BAT pretende alcançar a Neutralidade de Carbono até 2030 e atingir Net Zero em toda sua cadeia de valor até 2050. (Foto: Divulgação)

“Investimos intensamente em pesquisa & Desenvolvimento para produzir produtos de menor risco à saúde e menor impacto na sociedade.O Reino Unido está na vanguarda em relação aos produtos com potencial menor de riscos à saúde, tendo regulamentação avançada e meta de diminuir o número de fumantes na população adulta para 5% até 2030.A experiência da Grã-Bretanha é uma referência na aplicação do conceito de redução de danos, um exemplo ser seguido também pelo Brasil”, diz Moraes.

Apoio financeiro

o Itaú BBA International, subsidiária integral do Itaú Unibanco no Reino Unido e regulada pelo Banco Inglaterra, é a plataforma bancária do Itaú no Hemisfério Norte. O core business do Itaú BBA International compreende as atividades de Corporateand Investment Banking (CIB) e International PrivateBanking (IPB) para apoiar o Itaú Unibanco tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

O Itaú BBA International é altamente estratégico para o Itaú, sendo um de seus principais pilares de franquias internacionais. As operações de CIB do ItaúBBA International estão concentradas em Londres eem Lisboa, enquanto o negócio do IPB é desenvolvido nos escritórios estrategicamente sediado nos Estados Unidos e na Suíça, sendo ambas subsidiárias do banco do Reino Unido.

Na Europa, opera há mais de 25 anos e está comprometido no desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo com empresas multinacionais, investidores institucionais globais, indivíduos de alto patrimônio líquido e Familyoffices com relação as suas transações internacionais na América do Sul.