Na era da IA o humano continua essencial porque criatividade e julgamento não se programam

Mesmo com a evolução acelerada da IA, ela ainda se baseia em padrões repetitivos e a verdadeira criatividade humana nasce da provocação do novo.

Patricia-Ansarah-do-IISP-2Patricia Ansarah, CEO do Instituto Internacional de Segurança Psicológica (IISP). (Foto: Divulgação)

Os chats automatizados podem até ser úteis em tarefas simples, mas falham quando o cenário exige improviso, julgamento e sensibilidade humana. É o que revela o estudo "Top Global Consumer Trends 2025", da Euromonitor International.

Segundo a pesquisa, embora 40% dos entrevistados considerem a Inteligência Artificial (IA) uma fonte confiável de informação, apenas 19% confiam nessas tecnologias para resolver problemas mais complexos. O que isso revela? Que na era da tecnologia exponencial, o humano segue sendo essencial.

Mesmo com a evolução acelerada da IA, que já gera textos, imagens e respostas em segundos, ela ainda se baseia em padrões repetitivos. A verdadeira criatividade humana, por outro lado, nasce da provocação do novo, de inovar com propósito. Por isso, a tecnologia deve ser vista como uma aliada e não como uma substituta.
No ambiente corporativo, essa perspectiva se torna estratégica: segundo a pesquisa, 49% dos profissionais planejam investir em recursos tecnológicos nos próximos anos, refletindo um movimento de transformação nas dinâmicas de trabalho.

O desafio não está apenas na adoção de novas tecnologias, mas em garantir que as pessoas sejam capazes de usá-las com inteligência, ética e propósito. Não basta investir em ferramentas e novos recursos. É preciso preparar as pessoas para aprender, testar, errar e evoluir juntas. Esse é o solo fértil para a inovação.
O futuro do trabalho será construído por pessoas que saibam usar a tecnologia a seu favor, sem abrir mão da autenticidade, criatividade e pensamento crítico. Essas são qualidades profundamente humanas e nenhuma máquina consegue replicar.