IA nas Empresas: uma necessidade para os negócios, mas também uma oportunidade para a diversidade
O maior desafio da IA está na implementação. E, dentre os requisitos fundamentais, estão as competências da equipe.
Gesner Oliveira, Membro do Comitê de Gestão do LIDE Equidade Racial. (Foto: Divulgação)
O movimento mundial da inteligência artificial (IA) tem reconhecidamente, em escala global, redefinido o modo como vivemos, interagimos, trabalhamos e conduzimos nossos negócios. As empresas têm percebido as inúmeras vantagens da sua aplicação, que vão desde a otimização da logística na cadeia de suprimentos até o aprimoramento e customização da experiência dos clientes. Nesse sentido, recomendo a leitura do relatório “IA na Liderança – Eficiência Operacional e Produtividade”, recém-divulgado por Junior Borneli, fundador da StartSe. Trata-se de guia prático sobre como a IA pode ser utilizada para elevar a eficiência operacional e aumentar a produtividade do seu negócio.
Dentre as inúmeras ferramentas já à disposição das empresas, o relatório destaca: (i) as plataformas de análises de dados e business inteligence (BI), tais como Tableau, Power BI da Microsoft e Google Cloud AI Platform; (ii) as ferramentas de automação de processos robóticos, tais como UiPath, Automation Anywhere e Blue Prism; (iii) os sistemas de recomendação, tais como Recombee e Algolia; (iv) as ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente, tais como Salesforce Einstein e Zoho CRM; (v) ferramentas de segurança cibernética, tais como Darktrace e CrowdStrike; e (vi) plataformas de IA generativa, como o Chat GPT, Gemini, GitHub Copilot, Canva’s Magic Write e Descript.
O maior desafio está na implementação, pois não basta escolher a solução de IA, a empresa precisa estar preparada. E dentre os requisitos fundamentais, conforme destaca também o relatório, estão as competências da equipe. É essencial que um determinado grupo seja designado como responsável pela implementação da solução e, principalmente, que possua as habilidades necessárias. A mensagem é: capacitação e busca por novos talentos.
É aqui que surge nova oportunidade para as empresas, para além das próprias vantagens da IA nos negócios. Principalmente para aquelas efetivamente engajadas na pauta de diversidade e que têm investido em programas de capacitação para populações hoje minoritárias no mercado de trabalho brasileiro. Diante da necessidade de capacitar pessoal para implementar soluções de IA, por que não priorizar a capacitação em mulheres, negro(as) e demais grupos hoje subrepresentados nas empresas?
Portanto, a necessidade de se aproximar da fronteira tecnológica para fazer frente à concorrência e desenvolver os negócios pode ser uma oportunidade de ouro para as empresas no combate às desigualdades em seus quadros funcionais. E por que não nas lideranças? Tendo em vista a relevância cada vez maior do conhecimento de IA para os negócios. Por outro lado, também é verdade que desconsiderar a pauta de diversidade terá o efeito inverso. No âmbito da revolução tecnológica, ignorar as desigualdades atuais só aumentará os abismos de oportunidades entre brancos e negros, homens e mulheres.
As ferramentas estão na mesa. A revolução tecnológica bate na porta. Caberá às empresas decidirem se a revolução também será socialmente justa!
Confira o relatório completo: IA NA LIDERANCA