Cartões de benefícios flexíveis crescem no Brasil
Empresas precursoras como o Google, oferecem refeições gourmet, licença-maternidade e paternidade longa e até benefícios pós-morte. Em sua sede, na Califórnia, o escritório disponibiliza academia, sala de jogos, quadras de basquete e pistas de boliche, além de barbearia, massagista e lavanderia para os colaboradores.
Matheus Moretti Rangel, CGO da Niky. (Foto: Divulgação)
Garantir a qualidade de vida da equipe de trabalho vai além da obrigação legal. Bons gestores sabem que um total compensation bem-sucedido garante o engajamento dos colaboradores e retenção de talentos para a escalada dos negócios.
Empresas precursoras como o Google, oferecem refeições gourmet, licença-maternidade e paternidade longa e até benefícios pós-morte. Em sua sede, na Califórnia, o escritório disponibiliza academia, sala de jogos, quadras de basquete e pistas de boliche, além de barbearia, massagista e lavanderia para os colaboradores.
Uma das estratégias mais efetivas e práticas para aderir a essas tendências e atender times cada vez mais plurais, formados por pessoas com distintos perfis e necessidades, são os benefícios flexíveis.
Companhias que acolheram e apoiaram seus colaboradores nos últimos anos ganharam em produtividade, principalmente durante a pandemia. O isolamento social deixou clara a necessidade de cuidar do funcionário para além do ambiente de trabalho.
Um estudo da Team Upp, por exemplo, mostrou que 77% das empresas brasileiras estão desenvolvendo ações para se consolidar como marcas empregadoras fortes. Entre as principais ações apontadas para otimizar a experiência de trabalho estão investimento no apoio psicológico e financeiro, flexibilização dos horários e adoção do home office.
O modelo flexível vem ganhando espaço quando comparado a vales-refeições, assistência médica e outros. De acordo com uma pesquisa realizada pela Leme Consultoria, o sistema atingiu um total de 44,2% entre todos os benefícios trabalhistas em 2022, perante 26,2% no ano anterior.
A capacidade de adaptação à realidade de cada colaborador atende um número maior de demandas e necessidades pessoais. Embora o carro-chefe seja alimentação e refeição, hoje algumas empresas já oferecem auxílio-combustível, vales-cultura que são aceitos em cinemas, teatros e museus, auxílio-creche, previdência privada, entre outros.
Além disso, os benefícios são unificados em um só cartão, que opera associado às grandes bandeiras de maior adesão nos estabelecimentos, Visa, Mastercard e Elo. Em vez de operarem como os tradicionais vales, que podem ou não ser aceitos em determinados locais, esses funcionam como um cartão de crédito ou débito normal na hora de pagar a conta. Essa transformação ilustra a evolução e humanização trabalhista, bem como o olhar dos líderes sobre sua equipe, mapeando e atendendo necessidades reais. Qualquer empresa, independente do seu tamanho, pode oferecer um pacote de benefícios flexíveis e essa mudança pode fazer toda a diferença na hora de um profissional aceitar uma vaga, na evolução do negócio, e, principalmente, na valorização de pessoas.