Situação dos negócios está melhor e empregos serão mantidos, aponta levantamento LIDE-FGV
Maioria dos líderes empresariais do Brasil acredita que o contexto do pós-pandemia já está favorável. Índice da pesquisa cresceu 30% do registrado no pico da pandemia.
Almoço-Debate LIDE reuniu empresários e representantes do poder público. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
A maioria dos líderes empresariais brasileiros acredita que a situação dos negócios já está melhor e que os postos de trabalho, direto e indireto, serão mantidos nos próximos meses. O panorama está na nova edição da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial, cujos detalhes foram divulgados nesta quinta-feira (15).
O levantamento LIDE - FGV é realizado, em média, com 400 grandes empresários. O índice desta edição, realizada no Almoço-Debate LIDE Competitividade, atingiu 5,8 pontos - crescimento de 31% ante a julho. Trata-se de uma nota de 0 a 10 resultante de três componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos.
Segundo a pesquisa, os negócios estão melhores para 46%, enquanto que a situação está igual para 36% e pior para 28%. A maior parte dos respondentes (45%) garantiu que vai manter os empregos, 42% fala em contratar e apenas 13% pensam em demitir. A receita também fecha positiva este ano para a maioria (46%).
Para a maioria dos empresários, situação dos negócios está melhor. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
A carga tributária continua como o maior impeditivo para o crescimento das companhias na avaliação da maioria (42%). O nível de procura (30%), cenário político (26%) e a taxa de juro (2%) aparecem logo em seguida entre as respostas dos empresários.
Para os líderes, o Brasil precisa melhorar prioritariamente a educação (46%) - política (26%) e segurança (22%) também são pontos de atenção. O empresariado acredita que o cenário internacional e a saúde (46%) continuam como os temas mais preocupantes do atual contexto.
Na análise do PIB, a expectativa média dos respondentes é que o índice caia ao menos 4,4%. Em 2021, a projeção é que a soma das riquezas produzidas no país alcance 3%, também na média a partir das respostas dos empresários, que preveem a normalização pós-pandemia em 6 meses.
Na análise gerencial dos governos, houve queda (4%) na avaliação do federal, estabilidade para o estadual e crescimento no municipal (16%). Os dados são comparados ao último levantamento da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial (Edição 146ª), apurada em setembro.