Walter Longo: 'A Inteligência Artificial não será uma onda, desta vez será um grande tsunami'
Sem dúvida, é importantíssimo que as pessoas aprendam a dominar a IA - Inteligência Artificial - que governos pensem em uma educação voltada ao saber dominá-la.
Marcos Piangers, Flávio Tavares e Walter Longo na Casa LIDE Paraná. (Foto: Divulgação)
O alerta é do especialista em inovação e transformação digital, Walter Longo, durante o encontro debate: A inteligência artificial e o futuro da educação, realizado na Casa LIDE Paraná. Participaram do debate, além de Walter Longo, Flávio Tavares, fundador do Welcome Tomorrow e Marcos Piangers, autor do best-seller O Papai é Pop.
Ao contrário do que muitos imaginam, a IA não dominará os humanos em seus empregos e vidas. As características das pessoas não serão substituídas por máquinas. Na verdade, os aspectos que tornam os indivíduos complexos, como a empatia e a capacidade de mudar e questionar, serão cada vez mais importantes nesta transformação.
Segundo Walter Longo, vai ser a primeira vez que a tecnologia será muito mais útil para os mais velhos do que para os mais novos. Para ele, os jovens estão com uma redução vocabular preocupante e a inteligência artificial necessita das nossas habilidades de informação e compreensão do que nos rodeia para poder desenvolver.
“A turma do 'tipo assim’ não está preparada para essa nova era. Sem vocabulário para descrever o mundo que o rodeia, a utilização dessa ferramenta será inútil. A IA nos deixará mais humanos”, falou o especialista.
Marcos Piangers ressaltou a posição de Flávio sobre a humanização das pessoas. (Foto: Divulgação)
Segundo dados da Comscore, o Brasil é o terceiro país do mundo que mais consome redes sociais no mundo. São 131.506 milhões de contas ativas. Para o fundador da Welcome Tomorrow, Flávio Tavares, isso mostra o quanto as pessoas estão se comparando e deixando de viver.
“A grama do vizinho nunca foi tão verde. Estamos passando por um processo de emburrecimento. O nosso grande desafio será o resgate da humanidade”, falou.
Marcos Piangers ressaltou a posição de Flávio sobre a humanização das pessoas, quando relembrou a sua infância e trouxe uma frase muito popular entre as mães.
“Vocês lembram quando éramos crianças e nossas mães diziam que você não é todo mundo? É isso mesmo, entregar o que é diferente, o saber definir o que é o certo e o que é o errado, é, incrivelmente, apaixonante”, reforçou.
O incentivo à popularização das novas tecnologias têm o potencial de transformar a produtividade da sociedade, oferecendo ainda mais oportunidades e um imenso potencial de mudança. Para Tavares, o problema é a humanidade assumir as características dos robôs. Embora haja a possibilidade de que algumas funções se tornem obsoletas com o avanço da tecnologia, ela também pode abrir novas oportunidades de trabalho em áreas relacionadas à sua implementação e desenvolvimento.
Walter Longo também detalhou como a tecnologia pode ampliar o mercado de trabalho:
“Além disso, ela pode aumentar a eficiência e produtividade em diversos setores, o que pode levar a um aumento na demanda por mão de obra especializada. É importante lembrar que a ferramenta pode ser utilizada para melhorar os processos, mas é preciso garantir que haja investimentos em capacitação e treinamento para que os possam se adaptar às mudanças”, falou.
Para Piangers, o surgimento e a popularização das novas tecnologias vão transformar a produtividade da sociedade, proporcionando ainda mais oportunidades e um potencial imenso de transformação. “O futuro é promissor, e a qualidade do repertório de dados será um fator chave para o sucesso dessa tecnologia. É preciso investir em nossas crianças para garantirmos uma evolução “humanizada”, finalizou.
A inteligência artificial e o futuro da educação pautaram evento na Casa LIDE Paraná. (Foto: Divulgação)
A IA pode ajudar a aumentar a motivação e o engajamento dos alunos, bem como melhorar seus resultados. No entanto, é importante lembrar que ela não substituirá o papel da humanidade, mas sim ser uma ferramenta para auxiliar na sua atuação. Com a ajuda de algoritmos, a IA pode identificar padrões de aprendizagem, comportamento e compreensão, permitindo que os atendimentos criem experiências mais eficazes e personalizadas.
Para a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett, apesar de existir na ciência há mais de 60 anos, foi somente nas últimas duas décadas que os progressos em inteligência artificial foram alavancados de maneira significativa.
“Darmos luz a discussões tão importantes quanto essa, mostra a capacidade do LIDE Paraná em movimentar diversas cadeias produtivas. A tecnologia tem o potencial de transformar, tornando-as mais adaptáveis às necessidades. Nunca foi tão importante educar as pessoas para utilização de tecnologias e prepará-las para mudanças.”, finalizou.