Vendas em shopping centers crescem 6,8% no primeiro trimestre de 2023

Em comparação ao período pré-pandemia, o período teve crescimento de 0,3% nas vendas sobre o mesmo intervalo de 2019.

Shopping Frei Caneca, em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)Setor teve elevação de quase 7% no volume de vendas (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)


O setor de shopping centers registrou um aumento de 6,8% nas vendas no primeiro trimestre de 2023, é o que aponta o balanço trimestral realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), com base em levantamentos do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce). 
Em comparação ao período pré-pandemia, o 1º trimestre de 2023 teve crescimento de 0,3% sobre as vendas de shoppings em relação ao mesmo intervalo de 2019.
Entre as regiões, os maiores destaques do 1T23 ficaram por conta do Centro-Oeste e Nordeste, com elevações de 8,4% e 7,7%, respectivamente, seguidos pelo Sudeste (6,6%), Sul (com 6%) e o Norte (2,5%). A variação real de vendas média por m² do período foi de 6,6%. As categorias de lojas que obtiveram as variações mais elevadas foram: Conveniência e Serviços (33,5%), Entretenimento (21,3%) e Alimentação (14,4%). 
O número de visitantes nos shoppings segue aumentando e estimulando cada vez mais o comércio dentro deles. No 1° trimestre de 2023, o fluxo de pessoas em shopping centers mostrou-se 13,2% superior ao resultado do 1T22. 
Março -- Em relação ao desempenho do mês, os shoppings tiveram um crescimento de 2,4% sobre março de 2022. No período, o ticket médio nos shoppings foi de R$ 128,91 e nas lojas de rua foi de R$ 84,10. O fluxo de visitantes subiu 8% sobre a frequência registrada no mesmo intervalo do ano passado.

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, o aumento no número de visitantes e os bons resultados mensais do volume de vendas nas regiões pesquisadas levam à conclusão de que o setor de shopping centers se aproxima com velocidade do patamar pré-pandemia. 

“Entre os fatores externos que contribuíram para o crescimento no primeiro trimestre deste ano estão as menores pressões inflacionárias em bens industrializados, como vestuário no começo do ano, e avanços da renda real do trabalho. O resultado representa uma aceleração frente ao trimestre anterior, que havia sido impactado por fatores macroeconômico, como incertezas políticas, juros mais altos e pressões no orçamento familiar, que limitaram maiores avanços na atividade econômica geral”, comenta o executivo.