Retorno ao presencial tem menos espaços físicos nas empresas
Empresários investem em soluções de compartilhamento de espaços.
Fernanda Mourão fundadora da Futuro Labs fala sobre ecnologia para modelos de trabalho anywhere office, presencial, remoto ou flexível. (Foto: Divulgação)
Empresas retornam ao modelo presencial de trabalho e buscam soluções de tecnologia para simplificar e maximizar o uso de espaços próprios ou até mesmo com contratações de espaços compartilhados. Conforme um levantamento recente do InfoJobs, somente 2,48% das vagas divulgadas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 estavam no modelo remoto, enquanto as vagas presenciais representam 94,82%. Para quem vive em grandes capitais, o impacto já é sentido no trânsito e no bolso de quem precisa se deslocar e se alimentar fora de casa.
“Hoje percebemos que as empresas não estão mais dispostas a investir o que investiam em espaços físicos, estão optando em compartilhar espaços para redução do custo. E ainda assim, Muitas empresas estão exigindo o retorno presencial pelo menos 3 vezes na semana, há uma questão cultural que percebemos aqui no Brasil de enxergar que o trabalho só ocorre aplicando a jornada presencial, mas muitas vezes trabalhar remotamente exige ainda mais dos profissionais”, afirma Fernanda Mourão, CEO e fundadora da Futuro Labs – tecnologia para modelos de trabalho anywhere office, presencial, remoto ou flexível.
Pesquisa da Brain, inteligência estratégica de mercado, divulgou um estudo que ouviu 400 profissionais no Brasil entre novembro e dezembro do ano passado e constatou que em 2022, 45% dos trabalhadores atuavam presencialmente, entre 2020 e 2021 eram 27%. Em contrapartida, o trabalho híbrido, que era o modelo adotado por grande parte dos funcionários durante os primeiros anos de pandemia, caiu de 56% para 43%. E o trabalho totalmente remoto também despencou e agora só 12% dos profissionais estão 100% em home office.
Além disso outra pesquisa da Mercer Brasil, sobre a 4ª edição da Pesquisa de Trabalho Flexível e Remoto 2022, mostra que o trabalho flexível e remoto ainda é tabu para as organizações brasileiras. 63% dos entrevistados consideram que o trabalho remoto e flexível aumentou a rotatividade de pessoal. “Mesmo que o tema ainda seja considerado um tabu as empresas brasileiras, existe uma forte tendência desta solução como um futuro do trabalho, pois além de gerar economia de recursos naturais dado que as pessoas passam a se deslocar menos pela cidade, há um impulso econômico nas regiões mais residenciais, favorecendo pequenos comércios e negócios locais”, afirma a empresária.