Investimentos em 5G são os mais propensos a contemplar pauta ESG
Para 47% dos entrevistados, a agenda ESG é essencial na decisão de fazer investimentos nessa tecnologia que está em ascensão, demonstra estudo da EY.
Entrevistados apontam as ameaças cibernéticas como os maiores riscos externos – fora do controle da organização – para a implantação do 5G (Foto: Pixabay)
Os investimentos em 5G são os mais propensos a envolver ou contemplar a pauta ESG. Isso porque 47% dos entrevistados consideram que a agenda ESG está entre as principais considerações ao fazer investimentos em 5G. Essa porcentagem faz parte do estudo Reimagining Industry Futures 2023, elaborado pela EY com base em uma pesquisa online aplicada em novembro do ano passado a 1.325 organizações do mundo inteiro e de diferentes setores econômicos. Em termos de número de respondentes da amostra, o Brasil ficou em terceiro lugar, ao lado de Alemanha e China e atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Das empresas atualmente investindo em 5G, 55% citam a evolução no planejamento de sustentabilidade como um benefício dessa tecnologia, em comparação com 39% que dizem o mesmo em relação às tecnologias emergentes como um todo.
Além do 5G, os participantes foram questionados sobre a intenção de investimento em outras sete tecnologias: robótica e automação; Analytics e Inteligência Artificial; edge computing; IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas); AR (Augmented Reality ou Realidade Aumentada) ou VR (Virtual Reality ou Realidade Virtual); blockchain e computação quântica. A tecnologia mais escolhida foi 5G, com 57% dos respondentes dizendo que pretendem investir nela dentro de um a três anos. Apenas 7% consideram essa tecnologia irrelevante.
A computação quântica apareceu na sequência, com 42% das respostas, à frente, portanto, de Analytics e Inteligência Artificial. Provável motivo para isso é que a tecnologia de Analytics e IA já está recebendo investimentos atualmente, com 64% indicando essa resposta. Somente a tecnologia de robótica e automação recebeu porcentagem maior, com 65% dizendo que os investimentos já estão sendo feitos.
Ataques cibernéticos
Os respondentes apontam as ameaças cibernéticas como os maiores riscos externos – fora do controle da organização – para a implantação do 5G. Essa preocupação reflete a ocorrência cada vez mais comum de ataques cibernéticos, como o ransomware, afetando a reputação e os resultados financeiros dos negócios e dos seus fornecedores. Na sequência, aparecem as regulações e políticas de 5G como segundo risco mais citado. Fechando os três primeiros está a incerteza em relação ao retorno sobre o investimento em 5G, que exige um aporte muito alto para a criação da rede de infraestrutura necessária, especialmente em países continentais como o Brasil.
Acesse aqui o estudo na íntegra.