Estudo da Visa destaca o comportamento do consumidor em toda a América Latina e o Caribe em meio à crescente digitalização dos pagamentos

O estudo envolveu 14.000 consumidores de todos os níveis socioeconômicos em oito países da região.

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Estudo explora como os consumidores movimentam fundos no contexto de migração digital. (Foto: Pixabay)

A Visa, líder mundial em pagamentos digitais, lançou o estudo 2023 Latin America and the Caribbean Consumer Usage and Attitude (Atitudes e Usos do Consumidor da América Latina e Caribe 2023), que explora como os consumidores movimentam fundos no contexto de migração digital que se acelerou na região nos anos pós-pandemia.

O estudo envolveu 14.000 consumidores de todos os níveis socioeconômicos em oito países da região (Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Costa Rica e República Dominicana) e destaca seu comportamento e suas preferências quando se trata de receber fundos, gastar, poupar e investir e ainda traz informações sobre como diferentes participantes do ecossistema de pagamento podem se adaptar e aproveitar essa realidade em evolução.

“Na Visa, procuramos ajudar a construir uma economia inclusiva que possibilite que mais pessoas, em mais lugares, tenham acesso a experiências e serviços de pagamento seguros e sem atrito”, diz Luciana Resende, diretora de Marketing da Visa para a América Latina e o Caribe. “Para isso, estamos sempre buscando entender melhor as preferências do consumidor e nos antecipar às suas demandas para oferecer soluções inovadoras, intuitivas e relevantes.”

O estudo sugere que a forma como as pessoas recebem fundos influencia sua forma de gastá-los e aponta que quem recebe digitalmente também tende a pagar mais de forma digital. Mais de 60% dos consumidores pesquisados disseram receber fundos por transferência bancária, seguidos de 43% que recebem em dinheiro e 14% que usam outros meios digitais, como apps e carteiras digitais.

Quem usa um método digital para receber fundos -- transferências bancárias ou outra opção digital -- costuma pagar de cinco maneiras diferentes, como dinheiro, cartão de crédito, cartão de débito e outras opções digitais. Da mesma forma, quem recebe dinheiro em espécie com mais frequência é mais propenso a pagar em dinheiro. Segundo o estudo, 52% dos pesquisados recebem dinheiro em espécie e pagam em dinheiro, contra 42% e 46%, respectivamente, dos que recebem fundos por transferência bancária ou apps.

Ainda que aparentemente o meio de pagamento usado dependa mais do que os consumidores estão comprando, o estudo indica que os pagamentos em dinheiro ainda predominam entre os pesquisados em quase todas as categorias, exceto nas compras online, pagamentos entre pessoas físicas (P2P) e compras de alto valor. O estudo constatou que apenas 29% dos pesquisados pagam compras de alto valor em dinheiro e que o restante prefere pagar com crédito, débito, app ou outra opção digital.

Ao optar por pagar digitalmente, o consumidor da América Latina e Caribe está recorrendo cada vez mais às carteiras digitais. De fato, esses aplicativos móveis -- nos quais os usuários carregam virtualmente um cartão físico e armazenam seus fundos para pagar com rapidez e facilidade --, devem responder por mais de 50% de todo o comércio eletrônico no mundo até 2024¹. Em uma região onde ainda predomina o uso de dinheiro, as carteiras digitais e outras ferramentas de gestão financeira vêm se tornando uma porta de entrada importante para a população com pouco ou nenhum acesso ao sistema bancário e que tende a ser composta por pessoas mais jovens ou de menor renda.

No que diz respeito à poupança, o estudo destaca que, embora o conceito seja amplamente difundido na região -- por razões culturais e por conta da instabilidade econômica da maioria dos mercados -- apenas 63% dos consumidores pesquisados fazem algum tipo de reserva e desses, apenas 33% o fazem regularmente. Em termos de investimento, o cenário é semelhante -- apenas 36% dos pesquisados mantêm algum tipo de investimento.

Curiosamente, o estudo sugere que tendências emergentes, como investimentos em criptomoedas, começam a ganhar força na América Latina e no Caribe, moldando e redefinindo as possibilidades de investimento na região. O estudo descobriu que 23% dos consumidores que investem o fazem em criptomoedas, opção que não fica atrás de outras formas de investimento mais populares.

De modo geral, o estudo aponta que está havendo uma migração digital na região em todos os aspectos da vida. A Visa trabalha de forma diligente e colaborativa com todos os participantes do ecossistema financeiro para continuar fornecendo soluções inovadoras que permitam que os clientes movimentem fundos de forma fácil, prática, rápida e segura.