Trump assina ordem para reduzir preços de remédios nos EUA, mas não define porcentuais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 12, uma ordem executiva que determina a equiparação dos preços de medicamentos no país aos valores mais baixos praticados em outras nações desenvolvidas. A medida prevê que as primeiras ações sejam implementadas em até 30 dias, mas não define os porcentuais exatos de redução.
Segundo comunicado oficial da Casa Branca, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert Kennedy Jr., terá até 11 de junho de 2025 - 30 dias após a assinatura - para apresentar às farmacêuticas metas de preços baseadas no conceito de "preço de nação mais favorecida".
"Os americanos não serão mais obrigados a pagar quase três vezes mais pelos mesmos medicamentos", afirma Trump no texto.
Apesar disso, a ordem executiva não fixa os porcentuais de corte. O documento apenas determina que os preços sejam alinhados aos cobrados em "nações comparativamente desenvolvidas", sem especificar quais países servirão de referência nem qual será a metodologia adotada.
Em declarações anteriores, o republicano mencionou que os cortes poderiam variar entre 30% e 80% ou, em outro momento, chegar a 59%.
Se as empresas não se adequarem voluntariamente às novas diretrizes dentro do prazo, o governo ameaça adotar medidas mais duras, como facilitar a importação de medicamentos de países com preços mais baixos e abrir investigações antitruste contra as fabricantes.
"Caso os fabricantes de medicamentos não ofereçam aos consumidores americanos o menor preço de nação favorecida, minha administração tomará medidas adicionais e enérgicas", alerta o presidente na ordem.