Bruno Garfinkel, da Porto: 'Responsabilidade com a sociedade é maior que a minha responsabilidade como sucessor'
Executivos da Porto Seguro, da Votorantim, da Marfrig, da BRF, do Iguatemi, da Simpar e da Helbor debateram gestão empresarial no Seminário LIDE | Sucessão Familiar, na CASA LIDE, em São Paulo.
Bruno Garfinkel,presidente do Conselho de Administração do Grupo Porto Seguro. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
As oportunidades que as novas gerações oferecem para as empresas pautaram o Seminário LIDE | Sucessão Familiar realizado nesta quinta-feira (9), na CASA LIDE, em São Paulo. Executivos da Votorantim, da Marfrig, da BRF, do Grupo Simpar, da Porto Seguro, do Iguatemi S.A e da Helbor participaram do evento, compartilhando diferentes maneiras de gestão que visam preparar sucessores para a continuidade dos negócios.
Regina Helena Veloso, membro do Conselho de Família e do Comitê de Desenvolvimento de Lideranças do Grupo Votorantim, trouxe ao debate o questionamento sobre o momento certo de refletir e iniciar o processo de sucessão familiar. De acordo com a executiva, o tema é debatido todos os dias dentro da empresa, isso porque, a Votorantim já está em sua sexta geração e mais de cem integrantes familiares.
Regina Helena Veloso, membro do Conselho de Família e do Comitê de Desenvolvimento de Lideranças do Grupo Votorantim. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
“Começamos a trabalhar a sucessão familiar aos cinco anos de idade. O que a gente quer é a integração, que as crianças aprendam a conviver, pois já é um passo para no futuro trabalharem juntas”, explica Regina. Nesta linha de gestão, ela é enfática em afirmar que dentro da Votorantim todos os projetos desenvolvidos para o tema focam no indivíduo, a fim de despertar os desejos e habilidades dentro de cada jovem.
Márcia Molina, membro do Conselho da Marfrig e BRF. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Ainda segundo a conselheira, “a Votorantim não é um cabide para a família” o que implica em seguir os valores da meritocracia e reconhecimento. Márcia Molina, membro do Conselho da Marfrig e BRF, lembra que apesar da sua realidade ser diferente, pela companhia estar na primeira geração, segue o pensamento trazido pela Regina e afirma que todos os dias há um trabalho com a lapidação dos seus filhos para garantir uma sucessão eficiente, tirando-os sempre da zona de conforto.
Fernando Simões, CEO do Grupo Simpar. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Como um exemplo de sucessão bem-sucedida, Fernando Simões, CEO do Grupo Simpar, iniciou na empresa, fundada e liderada por seu pai, ainda aos 14 anos e na década de 90, a frente do setor comercial, conseguiu diversificar a capilaridade de clientes.
Sua trajetória foi marcada ainda pela abertura do capital, em 2010 e em 2015, pelo início da separação das unidades de negócios que deu mais independência a empresa, segundo o executivo. Para ele, é importante que se tenha uma definição muito clara de quem vai fazer o que, e mais que uma sucessão familiar, ter uma “sucessão empresarial muito bem definida”.
A responsabilidade social além da empresarial
“Uma coisa é ser sucessor e outra é a responsabilidade deste superpoder”, é o que entende o presidente do Conselho de Administração do Grupo Porto Seguro, Bruno Garfinkel, ao pensar no futuro do desenvolvimento da empresa e o impacto positivo na sociedade. Para ele, muito mais que ocupar o cargo, é preciso um novo pensar. “A responsabilidade com a sociedade era maior que a minha responsabilidade como sucessor”.
Carlos Jereissati Filho, membro do Conselho da Iguatemi S.A. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Carlos Jereissati Filho, membro do Conselho da Iguatemi S.A, compartilha deste olhar para além dos negócios e entende que em sua família, sempre buscou entender como contribuir com os problemas do Brasil e enxerga a união entre o setor privado com o poder público um caminho de bons resultados.
O impacto social positivo também é seguido pela Helbor, como mostra o CEO da Helbor e membro do Conselho da HBR Realty , Henry Borenstein, que atua na alfabetização e incentivo à cultura com os operários das construtoras contratadas. Na HBR Realty, já conquistou o posto de maior RPPM do Estado de São Paulo, com o empreendimento com área de 10 milhões m² com apenas 3 milhões de m² de construção.
Marcelo Salomão, Brasil Salomão ADV. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Este olhar para as pessoas é também fator predominante na sucessão da Brasil Salomão ADV, que com a liderança de Marcelo Salomão, conseguiu ir além da questão técnica e ampliar o olhar para as expectativas e sonhos dos clientes, conquistando novos espaços no mercado.