Fusões e aquisições no estado de São Paulo têm aumento de 14,3% no primeiro semestre de 2025, aponta KPMG

Movimento é impulsionado pela diversificação setorial e maior presença de investidores estrangeiros.

WhatsApp Image 2025-09-22 at 11.24.16Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG. (Foto: Divulgação)

O número de fusões e aquisições realizadas por empresas do estado de São Paulo aumentou 14,3% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo intervalo de 2024. De janeiro a junho de 2025, foram efetuadas 431 operações contra 377 transações, no respectivo período. O estudo é feito trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia.

“O crescimento das operações de fusões e aquisições em São Paulo reflete um movimento de retomada do apetite por investimentos e consolidações estratégicas. Mesmo em um cenário de desafios políticos local e global e alta taxa de juros. A diversidade setorial envolvida nas transações mostra a resiliência e o dinamismo da economia paulista”, destaca o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.

Das 431 operações realizadas no primeiro semestre em São Paulo, 246 foram domésticas, 128 por companhias estrangeiras adquirindo capital de outra estabelecida no país (tipo CB1), 43 foram de brasileiras comprando, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior (tipo CB2), 5 empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil (tipo CB3), 6 empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil (tipo CB4) e 3 transações de empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior (tipo CB5).

Brasil: queda de 5% e maior participação estrangeira

As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Esse número representa uma queda de quase cerca de 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios. O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações contra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimento aconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%).

“De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaram o número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”, avalia Coimbra.