IBP discute transição energética na Câmara dos Deputados
Presidente do Instituto destaca em audiência pública o potencial dos biocombustíveis e o papel do Brasil rumo a uma economia de baixo carbono.
Roberto Ardenghy, presidente da IBP, foi à Brasília para debater o tema transição energética (Foto: Divulgação)
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, participou nesta terça-feira (09/5) de audiência pública na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados, que discutiu as oportunidades e desafios da implementação da transição energética no Brasil.
Para Ardenghy, o processo de transição energética é uma realidade e o Brasil se encontra em posição privilegiada. “Para se ter ideia, no mundo o setor de óleo e gás representa 76% das emissões globais e no Brasil apenas 18%. Nós praticamente já atingimos algumas metas do acordo de Paris”.
O executivo lembrou que a demanda por energia continuará crescendo, com a sociedade demandando um petróleo cada vez mais descarbonizado.
“Até 2050, o consumo de energia mundial aumentará em 50%. Somos capazes de produzir petróleo com fator de emissão muito abaixo da média mundial, comparado com Rússia, Canadá, por exemplo. No futuro, o cliente vai exigir um produto cada vez mais descarbonizado”, disse Ardenghy.
Na visão do presidente do IBP, a transição enérgica congregará diversas tecnologias e soluções simultaneamente, escalando até atingir uma energia totalmente renovável. Ardenghy reforça que o gás natural é o energético para realizar a transição em todo o mundo e acredita que o biorrefino é uma opção para o futuro do setor de combustíveis. “O Brasil é um grande produtor de biocombustíveis derivados de biomassa. Temos o HVO, de origem vegetal, por exemplo”, lembrou.
O executivo reforçou ainda o pleito do setor para diversificar o portfólio de combustíveis ofertados com a produção de novas rotas tecnológicas. “Pedimos ao governo que nos autorize a produzir esse diesel verde, com a vantagem do Renovabio, que podemos utilizar na produção do SAF (combustível de aviação). Temos muitas alternativas, queremos dar um futuro ao refino brasileiro para continuarmos gerando emprego e rentabilidade para o setor”, concluiu Ardenghy.