Maioria dos grandes empresários do país vai manter empregos ou contratar novos funcionários, aponta pesquisa LIDE-FGV
A pesquisa foi apurada durante o primeiro Almoço-Debate LIDE com presidenciáveis. O levantamento, é realizado, em média, com 400 grandes empresários.
A pesquisa foi apurada durante o primeiro Almoço-Debate LIDE com presidenciáveis. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
A maioria dos grandes empresários do país afirma que vai manter postos de trabalho ou empregar novos funcionários (96%) este ano. Apenas 4% afirmaram que preparam redução do quadro de colaboradores, segundo levantamento da 154ª edição da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial.
A pesquisa foi apurada durante o primeiro Almoço-Debate LIDE com presidenciáveis. O índice dessa edição atingiu 5,8 pontos, ante 5,3 da última pesquisa realizada em 2021. Trata-se de uma nota de 0 a 10 resultante de três componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos. O levantamento, é realizado, em média, com 400 grandes empresários.
O cenário político foi apontado como o fato que mais impede o crescimento das empresas no Brasil (42%). Em seguida, foram indicadas a carga tributária (34%), nível de procura (15%) e, por último, a atual taxa de juros (10%) como entraves.
Para os empresários, o Brasil precisa melhorar majoritariamente a educação (53%). Política ficou na segunda posição (18%), enquanto infraestrutura na terceira (14%). Segurança registrou 9%, e ESG e Ambiente 5%.
A maioria dos respondentes afirma que o cenário político (50%) é o tema mais preocupante da atualidade. A inflação também é um ponto de preocupação (33%), seguida do cenário internacional/saúde (12%) e do câmbio (5%).
Ainda neste primeiro trimestre, os empresários projetam receita maior para 2022 (66%), enquanto que 26% não vislumbra crescimento e apenas 9% esperam déficit nas contas em razão dos desafios ocasionados pela crise sanitária.
Os participantes desta edição acreditam que o PIB vai crescer, em média, 1,5%, enquanto que os negócios devem ser totalmente normalizados - pelos impactos ocasionados pelas crises econômica e de saúde - em aproximadamente três meses, na média a partir das respostas.
Na avaliação governamental, a partir da nota de 0 a 10, os empresários avaliaram a eficiência da gestão federal em 3,8, do estado e 6,0, e da capital paulista em 5,2.