Tarcísio lança Conselho voltado à 'nova industrialização' de SP, com participação ativa do Ciesp e da Fiesp
Conselho envolverá cinco secretarias de estado; Ciesp e Fiesp representarão a indústria.
Com o decreto em mãos, já assinado, Tarcísio está acompanhado pelo presidente do Ciesp, Rafael Cervone, e à direita, o presidente da Fiesp, Josué Gomes. (Foto: Assessoria de Comunicação do Governo do Estado)
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou na tarde desta quinta (16), um decreto para a criação do Conselho Estadual de Promoção da Reindustrialização do Estado de São Paulo. A assinatura foi feita junto a lideranças do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na sede das duas entidades na capital paulista.
O conselho, anunciado em Reunião Extraordinária da Fiesp, tem caráter consultivo, nível estratégico e é destinado a orientar as ações, políticas e diretrizes governamentais da nova industrialização do estado, de acordo com o decreto. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, será o presidente. Já a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística ficará com a cadeira da vice-presidência do conselho. As demais cadeiras do conselho serão ocupadas por representantes da Secretarias da Casa Civil, da Fazenda e Planejamento, de Parcerias e Investimentos, de Negócios Internacionais, além da Fiesp e do Ciesp.
Após assinar o decreto, Tarcísio disse que São Paulo poderá ter um trabalho mais agressivo a partir de agora no sentido de se tornar mais competitivo. Em sua opinião o estado precisa aproveitar a desorganização das cadeiras de produção e a busca por novos parceiros confiáveis de vários players globais. “Acordamos agora na pandemia e com a Guerra da Ucrânia, percebendo o nosso grau de vulnerabilidade. Então, há uma avenida agora para caminhar e a oportunidade está na nossa frente porque as cadeias globais de produção vão ter que se re-especializar. Ninguém quer ser mais tão vulnerável”, disse o governador.
Para ele, os processos têm de ser ágeis e as burocracias precisam ser eliminadas. O governador disse ainda que São Paulo irá apoiar integralmente a Reforma Tributária em nível federal, apesar de também trabalhar com iniciativas locais como a criação do conselho.
“Acredito muito nesse passo que está sendo dado hoje. Acredito muito nesse conselho que está sendo criado, acredito muito na interação do governo com o setor privado. Isso é poderoso para gerar ação. É poderoso para gerar criatividade e solução para os problemas. Se o empresário sentar com o governo, nós vamos ter uma boa solução e, com certeza, isso vai se traduzir lá na frente em investimento”, afirmou Freitas. O governador ainda defendeu uma revisão na cobrança de tributos, investimentos em educação, transformação digital e melhorias em infraestrutura, como no caso do Porto de Santos.
O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, celebrou a criação do conselho e disse que o governo tem feito um trabalho "brilhante" e em um "ritmo alucinante". Cervone tem participado de frequentes reuniões junto ao secretário de Desenvolvimento Econômico de Tarcísio. "Nossas entidades estão de mãos dadas com o seu governo pelo bem de São Paulo e do Brasil", afirmou o presidente do Ciesp, entidade que representa oito mil indústrias paulistas e tem grande capilaridade, com 42 regionais espalhadas pelo estado de São Paulo.
O presidente da Fiesp, Josué Gomes, também comemorou a iniciativa e disse considerar Tarcísio um "desenvolvimentista moderno". "São Paulo, que é a locomotiva do Brasil, agora vai poder puxar o Brasil de forma mais célere", disse Gomes.
De acordo com o secretário Jorge Lima, o governo iniciou reuniões para promover coalizões regionais, identificando e fortalecendo as vocações locais. De acordo com ele, já foram realizadas reuniões nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas e Sorocaba, por exemplo. A ideia é alcançar 16 regiões até o final de junho, segundo o secretário.
O evento também teve a presença do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, dentre outras personalidades da indústria.