Senhor do vento e do tempo
Aos 49 anos, o maior medalhista olímpico do Brasil segue colecionando títulos e objetos que fazem parte de sua trajetória de campeão. Robert Scheidt competiu em sete Jogos Olímpicos, reafirmando seu histórico de desempenho lendário. Embaixador da Rolex desde 2009, ele sabe que o tempo vale ouro.
Aos 49 anos, o maior medalhista olímpico do Brasil segue colecionando títulos e objetos que fazem parte de sua trajetória de campeão.
Em 1983, Robert Scheidt tinha 10 anos e durante um passeio com o pai, Fritz, em volta da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde o menino iria participar de uma competição, encontraram no chão uma peça de xadrez. Era um cavalo preto, de madeira. O pai disse, então, que ele levasse a peça como um amuleto para trazer sorte. Assim foi. Era só o início de uma história de muitos títulos e conquistas mundiais.
Robert Scheidt segue carregando a peça com ele, e continua colecionando louros. Em maio de 2022, ele voltou ao pódio ao vencer a Europa Cup na classe laser. Foi o seu 183º título na vela e o 91º em um torneio internacional. Aos 49 anos, Robert era o velejador mais velho da competição no Lago di Garda, na Itália.
Scheidt carrega em competições importantes amuletos como a extensão do leme, feita de carbono, e o cavalo de madeira.
O brasileiro vive com a mulher, Gintare Scheidt, e os dois filhos Erik (mais velho) e Lukas, entre a Itália e temporadas em São Paulo e Ilhabela, onde a família sempre tem uma casa e a vela é o esporte oficial. Além do amuleto, outro objeto do qual ele não se separa é o relógio YachtMaster II, da Rolex. Mais do que valor simbólico, já que ganhou quando venceu uma regata na Alemanha, a peça é importante instrumento nas regatas.
“É importantíssimo o timing e a precisão na hora da largada. Além disso, sempre gostei de relógios”, explica. Scheidt, inclusive, virou embaixador da Rolex em 2009, mais um título para seu arquivo de honrarias. As medalhas e troféus ele guarda na casa do pai, em São Paulo - inclusive, claro, o primeiro ouro, conquistado na Olimpíada de Atlanta, em 1996. Outro objeto alçado a amuleto é a extensão do leme, a peça de cerca de um metro, feita de carbono, que encaixa e controla o leme. É com ela que ele maneja sua vela e faz o vento sempre soprar a favor de mais uma vitória.
O modelo Yacht-Master II, da Rolex, é imprescindível nas regatas, para controlar o tempo nas largadas.
Mantendo o preparo físico
Com 1,87m, Scheidt mantém há anos o peso entre 79 e 83 quilos, graças a uma boa alimentação, sem frituras e açúcar e atividade física todos os dias, chova ou faça sol. “Quando não consigo pedalar ou treinar, pelo menos faço caminhada. O corpo já está acostumado ao exercício”, conta. Por isso ele mantém duas bikes de carbono, uma na Itália, e outra no Brasil São hábitos que ajudam a seguir competindo, e vencendo.
Scheidt começou a velejar aos 9 anos, depois de ganhar um barco de presente do pai. Ele praticava na Represa de Guarapiranga, no Yacht Club de Santo Amaro. Antes, o tênis fora sua paixão, até que sentiu o vento bater no rosto de forma definitiva. Hoje a raquete virou apenas mais um objeto ligado à memória, que ele de vez em quando resgata para matar a saudade.
O atleta com o filho Lukas e as medalhas na casa do pai, Fritz Scheidt, em São Paulo, onde ele mantém seu tesouro de vitórias guardado.
Uma das duas bikes de carbono: ele pedala todos os dias, na Itália ou no Brasil.