Projeto arquitetônico utiliza água subterrânea para diminuir em até 6°C temperatura de edifícios
Torres do Amazon Parques & Resorts, primeiro do empreendimento multipropriedade do mundo com temática da Amazônia, utilizarão água subterrânea para diminuir em até 6°C a temperatura dos apartamentos.
Primeiro do empreendimento multipropriedade do mundo com temática da Amazônia, que será construído em Penha (SC).
Com assinatura do escritório de arquitetura NotToScale, com sede em Lugano, no Sul da Suíça, e colaboração com arquitetos brasileiros, as torres residenciais do Amazon Parques & Resorts, primeiro do empreendimento multipropriedade do mundo com temática da Amazônia, que será construído em Penha (SC), a poucos minutos do parque Beto Carrero World, se diferenciam pelo conceito ligado à sustentabilidade. Entre as características, destaque para o labirinto térmico e uso de água subterrânea, com resfriamento que vem do interior da terra, capaz de diminuir em até 6°C a temperatura do edifício durante o verão.
Projeto se diferencia pelo conceito ligado à sustentabilidade.
“Essa é uma técnica antiga chamada de resfriamento geotérmico que usa o solo para resfriar o ar entre as paredes do edifício. Na prática, a camada inferior de drenagem da laje da fundação é dotada de tubulações conectadas às caixas de água. Essa água gelada é bombeada entre paredes estruturais ao redor do edifício, que formam um labirinto térmico para a contenção de temperatura, gerando conforto térmico. É algo que diminui a necessidade de ar condicionado e reduz o consumo de energia elétrica”, explica a arquiteta Valentina Mion, diretora e fundadora da NotToScale Architecture.
Teto verde que contribui na absorção de poluentes e redução do consumo de energia.
Além do resfriamento por água subterrânea, o empreendimento ainda terá teto verde que contribui na absorção de poluentes e redução do consumo de energia, além da diminuição de ruídos e a temperatura do telhado. Também terá moderno sistema de coleta de água da chuva para uso nos jardins, descarga e lavagens externas e usará acabamentos e acessórios de baixo consumo de água. Outro diferencial são grandes vãos e aberturas com janelas de vidro que permitem a entrada de luz, reduzindo a necessidade de iluminação artificial, além do uso de brises, um elemento arquitetônico composto por lâminas que diminuem a incidência solar em uma edificação e melhora a ventilação do local.
Diferencial do projeto é a interação das pessoas com a paisagem e o contato com o verde.
Outro diferencial do projeto é a interação das pessoas com a paisagem e o contato com o verde. Algo que fica claro com as áreas abertas da edificação e terraços com vista privilegiada para a paisagem. Haverá ainda área de preservação de floresta e a manutenção dos desníveis do local, onde será desenvolvido um bosque para caminhadas e corridas entre a vegetação.
Ao todo, foram 18 meses de estudos até a entrega da primeira versão do projeto que também traz muita preocupação ao entorno e um parque aberto ao público.
“Somado aos jardins e bosques fizemos um percurso d’agua que irá conectar as diversas atrações de lazer, cultura, educação e entretenimento do local. Haverá pavilhões, museus, aquário, SPA com terapias de elementos indígenas, centro de pesquisas e auditório com atividades continuadas e atrações para a educação ambiental”, comenta Valentina Mion.