Rafaela Rezende, da VTEX: No plano de expansão, consolidamos a marca oferecendo um ecossistema positivo para os consumidores estrangeiros
Estratégia de internacionalização dos negócios garante o crescimento do ticket médio nos pedidos estrangeiros.
Alexandre Gyurkovits, Diretor Sênior de Serviços Digitais e Comerciais do Grupo Carrefour Brasil (Foto: Nelson Toledo)
Dentre um dos grandes temas debatidos na NRF Retail’s Big Show de 2023, um dos importantes eventos de varejo e consumo do mundo, realizado em janeiro em Nova York, nos Estados Unidos, esteve o Scale as Service. O conceito consiste no ato de ganhar escala no segmento, oferecendo serviços, e vem se tornando uma das principais estratégias de grandes varejistas, como é o caso da Amazon. A gigante de setor está vendendo o modelo de loja 100% autônoma desenvolvido inicialmente para a Amazon Go. A tecnologia já ganhou outras varejistas como adeptos, como Hudson, rede de conveniência dos Estados Unidos.
“Nos acostumamos a tratar apenas de forma limitada o atacado e o varejo como práticas de vendas. Entretanto, devido às instabilidades financeiras recentes do país, o consumidor final busca cada vez mais por economia, e as compras no atacado vêm se tornando mais comuns e recorrentes. Por conta deste aumento considerável da participação do público de pessoas físicas, alguns componentes do mercado passaram a promover adaptações. A fim de manter este consumi- dor interessado e ativo em seus comércios, atacadistas e varejistas uniram-se, criando o já estabelecido e popularmente conhecido atacarejo”, comenta Danilo Pecorari, CEO da :hiperstream, empresa global de tecnologia de comunicação omnicanal inteligente.
Parâmetro
Somente no segmento alimentício, segundo estudo realizado pela McKinsey, o Brasil conta com mais de 2 mil lojas que se consideram atacarejos, e a tendência é que este número aumente de forma considerável. “Além disso, sabe-se que as compras nessas lojas representam, hoje, cerca de 40% da venda total de ali- mentos no país. Este novo cenário e outras mudanças geram questionamentos, e o principal deles é: como promover uma jornada de compras funcional e cati- vante para os clientes?”, questiona Pecorari.
O executivo também destaca a jornada financeira do consumidor se manteve igual. “Diante de tantas mudanças, principalmente no que diz respeito aos avanços tecnológicos, tornou-se prioridade evoluir os meios de pagamento e canais de comunicação digitais. Afinal, são essas estratégias que impactam direta e positivamente a experiência de quem compra, ajudando, inclusive, a reincidência de consumo”, finaliza.
Venda geolocalizada
Em mais uma iniciativa objetivando consolidar presença no ambiente digital, além de agregar inovação, agilidade e flexibilidade no atendimento às diversas necessidades dos consumidores, o Carrefour anunciou, no início do ano, sua ampliação no Marketplace Mercado.
Fulfillment para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país, em uma ação que marca a primeira iniciativa de venda geolocalizada da plataforma na categoria Supermercados.
A companhia já está presente no Mercado Livre com loja oficial na categoria não alimentar e, com a parceria, o Carrefour poderá alcançar mais clientes, que terão à disposição um sortimento atual de, aproximadamente, 300 SKUs – Unidade de Manutenção de Estoque – no segmento alimentar e 15 no não alimentar. Ao decorrer do ano, a quantidade de itens oferecidos deve aumentar significativamente, disponibilizando também grandes quantidades de produtos de marca própria Carrefour, que oferecem qualidade a preços mais acessíveis.
“Nos últimos anos, acompanhamos um aumento bastante significativo nas vendas on-line a nível global, fato que refletiu também no ecossistema do Grupo Carrefour Brasil. Percebemos que o consumidor está cada vez mais interessado em comprar tos em plataformas on-line e que oferecem agilidade na entrega”, afirma Alexandre Gyurkovits, diretor Sênior de Serviços Digitais e Comerciais do Grupo Carrefour Brasil.
Inteligência de invetário
Também no começo do ano a Sensormatic Solutions, portfólio líder global de soluções de varejo da Johnson Controls, anunciou que a Renner implantou sua solução de inteligência de inventário com tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID). Como resultado, a rede de lojas conquistou redução de 87% nas rupturas de seus estoques e aumento de 64% na precisão de inventário, otimizando as operações de suas unidades físicas e no comércio eletrônico.
“Ao alavancar uma maior inteligência de estoque em nossos canais físicos e on-line, impulsionamos nossa estratégia omnichannel e vendas digitais”, comenta Alexandre Ribeiro, diretor de riscos da Renner. “Além disso, com a tecnologia RFID da Sensormatic Solu- tions, temos uma única fonte de dados sobre o estoque, permitindo aos associados de vendas processar nosso estoque em questão de horas mensalmente, em vez de anualmente.”
Devido ao desenvolvimento alcançado, a implantação da solução de inteligência de inventário da Sensormatic Solutions pela Renner foi selecionada como finalista na categoria varejo do internacional RFID Journal Awards 2022. Além disso, a Renner conquistou o prêmio Abrappe 2022 - que reconhece a implementação inovadora da empresa Sensormatic Tecnologia RFID das Soluções.
Maya Sumiya, Country Manager da Sensormatic Solutions no Brasil (Foto: Divulgação)
“O sucesso alcançado pela Renner mostra aos varejistas brasileiros a importância de se usar o RFID como ferramenta estratégica para seus negócios”, enfatiza Maya Sumiya, country manager da Sensormatic Solutions no Brasil. “Com nossa tecnologia, os varejistas podem melhorar a precisão do estoque, maximizar a disponibilidade de itens no local e reduzir a escassez de peças no estoque para aumentar as vendas em vários canais, criar fidelidade à marca e otimizar a experiência de compra”, completa.
Internacionalização
Rafaela Rezende, vice-presidente de Sales e Customer Experience da VTEX Brasil (Foto: Bruno Mooca)
Mais da metade dos brasileiros (60%) já costuma fazer compras em e-commerces no exterior, de acordo com uma pesquisa divulgada pela NielsenIQ Ebit e Bexs Pay. E, conforme outro estudo, da Conversion, a categoria de roupas está entre os produtos mais importados por meio do comércio digital, empatada com celulares com 36,7% das compras cada. Diante desse comportamento, a Loja Três, especializada em vestuário feminino, internacionalizou seu comércio on-line e mais do que dobrou o ticket médio nos pedidos estrangeiros. Tudo isso foi possível tendo como parceira a VTEX, plataforma de comércio digital para grandes empresas e varejistas.
“Após o amadurecimento do comércio digital da Loja Três, apoiamos o contínuo desenvolvimento e crescimento de seus negócios. Quando nos informaram seu sonho de expandir o alcance de seu e-commerce, trabalhamos para viabilizar isso de forma ágil e eficiente, oferecendo uma experiência tão positiva para os consumidores estrangeiros quanto aqueles em território nacional”, afirma Rafaela Rezende, vice-presidente de Sales e Customer Experience da VTEX Brasil.Concentrando a divulgação em Portugal nos primeiros meses após o lançamento, a Loja Três já garante a entrega dos produtos em até 5 dias no país. A Go Cross, parceira do ecossistema VTEX, atua como facilitadora, integrando a plataforma da Loja Três com as tabelas de frete internacional, englobando tanto a coleta quanto a entrega ao destino final. Deste modo, o desafio de calcular impostos e fretes de diferentes regiões é facilmente superado.