ESG deve atrair US$ 53 trilhões em investimentos até 2025
Atlantica Hospitality International tem como meta reduzir o consumo de água em até 15% em todos seus empreendimentos.
Flávia Buiati, vice-presidente Financeira e Jurídica da Atlantica e embaixadora do Aja. (Foto: Divulgação)
Uma pesquisa da Agência Bloomberg estima que a agenda ESG deve atrair US$ 53 trilhões em investimentos até 2025. Contexto que reafirma a necessidade de adequação das empresas à pauta, a fim de manter a competitividade. Muito mais que produzir algo, é preciso estar alinhado ao que o público-alvo quer e acredita.
“Embora central para os negócios, o ESG deve ser aplicado de forma racional, ou as empresas interessadas em promover mudanças sociais ou de consumo, que entendem ser positivas, podem ser incapazes de atingir os resultados que desejam”, explica Emanuel Pessoa, advogado, mestre em direito pela Harvard Law School e doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo.
Em ação
Por meio do Aja, seu Programa ESG, a Atlantica Hospitality International tem uma série de iniciativas, pautadas por metas ambiciosas, que objetivam atingir resultados significativos na sociedade e meio ambiente através de suas ações.
“Os princípios da agenda ESG já fazem parte da realidade da Atlantica há anos. Ações ligadas à agenda pautam nosso propósito, que é ‘cuidar de cada um que confia na gente’. Para nós, a palavra central é cuidar porque cuidamos das pessoas, do meio ambiente e da transparência nas relações. Está no nosso DNA e é a base do nosso negócio.” afirma a vice-presidente Financeira e Jurídica da Atlantica e embaixadora do Aja, Flávia Buiati.
A empresa tem como meta reduzir o consumo de água em até 15% em todos seus empreendimentos e ter 100% deles usando energia limpa até 2025. Aliado a isso, a rede já implantou o sistema de gestão de resíduos em todos os hotéis administrados e terá a política de Plástico Zero implementada em 100% dos empreendimentos até o final do mesmo ano, com o objetivo de eliminar o uso de plásticos de uso único ou substituir por itens recicláveis ou reutilizáveis
Parcerias legais
No Brasil, a consultoria socioambiental H&P e o escritório jurídico Brasil Salomão e Matthes Advocacia selaram recentemente uma parceria para o desenvolvimento de soluções técnicas e jurídicas para clientes em comum. “O foco dessa parceria é oferecer aos clientes uma visão jurídica e técnica do que é preciso acontecer no dia a dia de suas empresas para que possam atender à demanda global de sustentabilidade”, explica o advogado Evandro Grili, sócio e diretor-executivo do escritório Brasil Salomão e Matthes. Dentro dessa visão, o recorte que trata dos créditos de carbono é visto como o primeiro eixo a ser equacionado.
“Em razão das metas mundiais de descarbonização, a questão dos créditos de carbono é ponto central na esfera onde vamos atuar e nosso foco está na apresentação de soluções ajustadas às necessidades de cada empresa”, reforça Lucas Sardinha, diretor de projetos da H&P.
A forma de apurar e fazer o cálculo dos créditos de carbono, como comercializar esses créditos e como garantir uma gestão ambiental dentro das empresas que atenda aos requisitos normativos do ESG são diretrizes fundamentais.
“É necessário unir a visão de mercado à visão ambiental, mas com segurança nas certificações de créditos de carbono”, comenta Guilherme Rodrigues, diretor técnico da consultoria H&P. “Hoje, estar presente no mercado de capital aberto não acontece se o negócio não estiver estabelecido de forma alinhada aos pilares do
ESG”, acrescenta Grili.
Sucessão familiar
Ainda no aspecto do apoio legal, para a advogada Luize Menegassi, do escritório Oliveira e Castro Advogados, o conceito ESG e a governança corporativa também têm relação direta com a sucessão familiar em empresas, pois representa um conjunto de práticas e princípios que podem contribuir para a perpetuação do negócio e a construção de um legado positivo para as futuras gerações. Porém, ainda há um grande desconhecimento sobre a sigla.
“Ao adotar práticas ESG, as empresas familiares demonstram o seu comprometimento com o mercado que atuam, seus consumidores, fornecedores, colaboradores e seus investidores, ou seja, mostram-se compromissadas com o futuro, constroem um legado positivo e aumentam as chances de sucesso para as próximas gerações”, avalia