"Se uma empresa busca ser bem-sucedida, é extremamente importante que suas equipes sejam o reflexo das comunidades onde atuam", diz Viveka Kaitila

Após completar 100 anos no Brasil, GE reforça o valor e potencial de suas soluções para a infraestrutura, matriz de energia e tecnologia nacional.

vivekakaitilageViveka Kaitila: "solução inovadora está atrelada a óticas divergentes". (Foto: Divulgação)

Poucas empresas conseguem contribuir durante décadas para o desenvolvimento de um país e ainda atingir essa marca mantendo alto nível de inovação. A General Eletric do Brasil conseguiu. Mesmo sendo uma marca reconhecida por atuar em diferentes áreas da tecnologia, poucos sabem que seus equipamentos ajudam clientes a produzir mais de 33% da energia gerada em todo o território nacional, ou que diariamente centenas de aviões decolam com suas turbinas, nem que a empresa também possui por aqui uma das maiores bases industriais instaladas de equipamentos médicos e hospitalares.

Com cerca de 8.500 colaboradores, 28 unidades e 9 fábricas no país, a GE passa por um momento de transformação de propósito pelo qual sua maior inovação agora é atuar com o objetivo de simplificar processos e o relacionamento com seus parceiros e a própria comunidade. Essa transformação está sendo apresentada em uma nova campanha de posicionamento global com a assinatura “Construindo um mundo que funciona”.

De acordo com Viveka Kaitila, presidente e CEO da GE Brasil e líder de Crescimento Comercial da GE para América Latina, um dos exemplos práticos desse conceito foi a implantação do Service Center da companhia. Criado em 2019, a operação garante que os clientes da empresa tenham o suporte necessário para qualquer tipo de serviço ou orientação que precisem (falta de peças, visitas de engenheiros, dúvidas de contratos e muitos outros).

“Desde o anúncio da pandemia do novo coronavírus no início de março, garantimos que todos os funcionários do Service Center tivessem condições de seguir com suas atividades sem interrupções”, destaca.

Até o início do mês de junho, foram registradas mais de 23 mil ligações de hospitais, clínicas e consultórios, mais de 10 mil casos corretivos foram realizados de forma 100% remota (contribuindo com o isolamento social) e mais de 11 mil peças foram enviadas para clientes.

Pura energia

O engajamento da GE no Brasil em construir uma sociedade moderna e acessível impacta diretamente na evolução da matriz energética do país. Negócio global de US$ 15 bilhões que combina um dos mais abrangentes portfólios da indústria de energia renovável, a equipe de Hydro da GE Renewable Energy iniciou em setembro a execução do projeto de ampliação da Hidrelétrica Curuá-Una, pertencente à Eletronorte e localizada em Santarém, no Pará. A obra tem como objetivo instalar a quarta unidade geradora de 12,5 MW, para aumentar a potência da usina de 30,3 MW para 42,8 MW, energia suficiente para atender a demanda de aproximadamente 100 mil pessoas. O projeto está sendo executado em parceria com a empresa Sistechne, formando juntas o Consórcio Curuá-Uma (CCU).

O escopo da GE Renewable Energy engloba todo o projeto de ampliação, fabricação, montagem em obra, supervisão de montagem e comissionamento da quarta unidade geradora. Os equipamentos que serão instalados consistem em turbina, gerador, regulador de velocidade, sistema de excitação, sistema de proteção e controle, além de um transformador.

“No segmento de Hydro, oferecemos um pacote completo de soluções digitais e específicas para toda a cadeia de geração hídrica, incluindo a modernização e repotencialização de hidrelétricas. Nosso objetivo é otimizar as operações nas usinas, trazendo mais competitividade para nossos clientes e levando o setor hidrelétrico para um novo nível no mercado”, esclarece Viveka.

A previsão é de que a quarta unidade geradora desenvolvida pela GE Renewable Energy entre em operação comercial em 2022, concluindo a ampliação da Usina Curuá-Una.

Combinando soluções para a geração de energia eólica onshore e offshore, aerogeradores, hidrelétricas, armazenamento de energia, usinas solares e transmissão e distribuição, além de oferecer serviços digitais e sistemas híbridos renováveis, a GE Renewable Energy já instalou mais de 400 GW de energia renovável limpa e equipou mais de 90% das concessionárias de energia em todo o mundo.

renew (2)Turbinas no Brasil irão operar com potência de 4.8 MW a 5.3 MW. (Foto: Divulgação)

Força dos ventos

Em fevereiro, a GE Renewable Energy anunciou que obteve o Código Finame para a Cypress, a maior turbina eólica onshore da empresa, após a aprovação pelo BNDES do processo de credenciamento deste modelo de aerogerador. Este procedimento certifica o cumprimento dos requisitos exigidos para a nacionalização dos componentes estabelecidos pelo banco de fomento e oferece condições especiais de financiamento aos clientes interessados em adquirir o equipamento por meio das linhas de crédito da instituição.

Capaz de alcançar mais de 5MW de potência, com torres mais altas e um rotor de 158 metros, a Cypress aproveita melhor a força dos ventos e otimiza a geração de energia.

“O lançamento da Cypress no Brasil tem sido um grande marco do compromisso da GE com a produção nacional. Mais de 60% dos componentes da máquina serão fabricados no país, tanto nas fábricas da GE, em Camaçari, na Bahia, e Suape, em Pernambuco, quanto em outros fornecedores locais.”, afirma Viveka Kaitila.

A GE já anunciou dois acordos para venda da Cypress no Brasil, somando cerca de 285 MW de capacidade instalada adicional. A instalação das primeiras unidades da Cypress está prevista para o último trimestre deste ano e as turbinas irão operar com potência de 4.8 MW a 5.3 MW, estabelecendo um divisor de águas para a geração eólica brasileira.

Versatilidade e eficiência

A GE foi a primeira empresa no mundo a introduzir tecnologia de 1.500V nos inversores solares e já acumula uma base global instalada dos equipamentos de mais de 7,5 GW. Já nos chamados sistemas híbridos, a companhia também atua de maneira pioneira no Brasil, além de ser a única empresa no país que possui praticamente toda a cadeia de um sistema híbrido de geração, começando pelo desenho do projeto. Assim, ela pode oferecer um pacote completo, integrando, por exemplo, turbinas eólicas e inversores para energia solar, além da conexão entre essas fontes, feita por meio de um sistema de controle inteligente desenhado para gerenciar esses recursos.

No campo da energia inteligente, a GE Grid Solutions possui uma gama de softwares e dispositivos. O portfólio inclui Subestações Digitais e uma série de produtos voltados à automação e digitalização da rede elétrica como um todo.

“A unidade Grid de Itajuba, em Minas Gerais, é a responsável mundial pelo equipamento Transformador de Potencial Capacitivo, utilizado no sistema de proteção e medição nas subestações de alta tensão. O desenvolvimento e melhorias são implementadas pelo time local e compartilhadas com as outras unidades GE que fabricam este produto. As atividades de desenvolvimento envolvem estudos, simulações computacionais, protótipos e ensaios que são realizados nessa planta”, detalha Viveka.

A planta de Itajubá também é o Center of Expertise de Reatores com Núcleo de Ar.

“Depois do fechamento da unidade da Finlândia em 2018, por otimização do footprint global, somos o único fabricante deste equipamento dentro da GE Grid Solutions, com aproximadamente 80% do volume de negócios voltados para exportação, sendo os principais mercados os Estados Unidos, Europa, Austrália e países do Leste Asiático”, conta.

Gás natural

Outra iniciativa que mescla a necessidade de utilizar diferentes fontes de energia foi o desenvolvimento da tecnologia HA de turbinas a gás natural. Após investir quase US$ 2 bilhões, as turbinas da classe 7HA são avaliadas como potencialmente as mais eficientes do mundo e compõe a Usina Termelétrica Porto de Sergipe I, construída pela GE em sistema de turnkey para sua cliente Celse. Além disso, as turbinas podem consumir menos combustível e proporcionar níveis de emissão 90% menores do que as usinas térmicas que operam a óleo diesel.

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Turbinas vão operar no Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe. (Foto: Divulgação)

Para a CEO da GE do Brasil, a característica inovadora das térmicas e do uso das turbinas a gás natural se dá porque conseguem modular sua potência, podendo ser desligadas e ligadas em determinadas situações conforme a necessidade de complementação das energias renováveis, aliado a potenciais de baixo impacto ambiental e custo de geração.

“Outra inovação que a GE aplicou na térmica sergipana foi a fabricação modular na construção da usina. Essa solução de engenharia reduziu o prazo na execução da obra comparado com obras que utilizam a metodologia tradicional de execução, podendo potencialmente garantir maior qualidade na fabricação e menor risco nos aspectos de segurança”, explica.

Pelas pessoas

Além de gerir tamanho volume de investimentos e inovações, Viveka Kaitila é movida pela promoção do respeito à diversidade e boas práticas no ambiente corporativo. A executiva enfatiza que na GE, a diversidade está ligada à inovação e melhores resultados, sendo ela própria um símbolo dessa sinergia.

“O raciocínio é que novas ideias e insumos disruptivos surgem a partir de times compostos por integrantes diferentes entre si. A possibilidade de ter uma solução verdadeiramente inovadora está atrelada a óticas divergentes”, diz.

Formada em Matemática Aplicada/Economia pela Brown University em Providence, nos EUA, Viveka chegou à GE em 1997 como gerente de Desenvolvimento de Negócios para a América do Sul na GE Capital Auto Financial Services, ampliando seu papel para a GE Capital Corporate em 1999. Em 2002, mudou-se para a GE Corporate como diretora de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina. Posteriormente, assumiu sua posição atual como líder de Crescimento Comercial da GE para América Latina e em maio de 2017 foi nomeada presidente e CEO da GE do Brasil, acumulando as duas funções.

Neste ano, o tema Diversidade e Inclusão estará incluído nos KPIs de avaliação das áreas da divisão de Healthcare no Brasil. Será um piloto que vai ser levado para as outras unidades da companhia em um futuro próximo.

“Se uma empresa busca ser bem-sucedida, é extremamente importante que suas equipes sejam o reflexo das comunidades onde atuam e das pessoas com as quais interagem. Segundo estudo atualizado este ano pela McKinsey, empresas abertas à diversidade de gênero, etnia e orientação sexual têm 55% mais probabilidade de obter uma performance financeira superior a outras da mesma área de atuação”, finaliza Viveka.