André de Angelo, Acciona: 'O investimento em infraestrutura sustentável é essencial para o desenvolvimento econômico e social'

Acciona ajuda a criar um ambiente de confiança no mercado brasileiro e pleno desenvolvimento social.

GUS_5692André de Angelo, CEO da Acciona Brasil. (Foto: Divulgação)

Há mais de 25 anos no Brasil, a Acciona já realizou importantes projetos no país, como o Terminal 2 do Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro e, atualmente, é a responsável pela construção da Linha 6 - Laranja de metrô de São Paulo, iniciada em outubro de 2020. A empresa também foi a responsável pela emblemática transformação da antiga estação ferroviária Júlio Prestes na Sala São Paulo, considerada pelo jornal inglês The Guardian, um dos melhores espaços para concertos do mundo e que abriga a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Na área de saneamento realizou a assistência técnica na operação e manutenção da ETE Arrudas (MG) e atuou em projetos de tratamento de esgoto em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Gonçalo (RJ). Já no eixo das concessões, realizou durante dez anos a operação da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), no Rio de Janeiro, em um trecho de 200 quilômetros de extensão.

Visão comunitária 

André de Angelo, CEO da Acciona Brasil, explica que as grandes infraestruturas, além dos benefícios gerados diretamente pelo projeto em si, são uma oportunidade de criar valor adicional para a sociedade. O executivo lembra que os recursos, a tecnologia e os empregos criados, a tornam altamente eficaz no desenvolvimento da prosperidade das comunidades adjacentes, além dos programas sociais tradicionais.

“No nosso caso, por exemplo, além da construção da própria Linha-6 Laranja, que irá transformar a mobilidade da cidade de São Paulo e impactar milhares de pessoas diariamente por meio de um transporte elétrico e sustentável, também deixamos um legado social local, o que chamamos de duplo impacto positivo. Para isso, temos projetos nas comunidades do entorno das obras em diversas áreas como: educação para crianças e jovens, promoção de debates sobre mobilidade urbana sustentável, formação profissional, equidade de gênero com o aumento do número de mulheres no setor da construção, empreendedorismo e autonomia feminina, apoio a empresas sociais locais, além de aceleração de startups que desenvolvem serviços profissionais de mobilidade elétrica na cidade, entre outros”, pontua.

Planejamento 

Angelo destaca que as ações locais são baseadas em estudos socioeconômicos realizados no traçado da Linha 6 - Laranja, identificando as necessidades locais e contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. De acordo com esse estudo, há uma forte desigualdade de gênero e disparidades na educação das comunidades do entorno das obras. Por isso, a formação profissional, a capacitação e a contratação de mulheres se tornaram prioridade para a implantação deste projeto.

Outro destaque do projeto da Linha 6-Laranja é o seu modelo de financiamento. O apoio advindo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na construção da Linha 6, reconhecido inclusive por prêmios internacionais por seu modelo inédito e inovador, inclui objetivos sociais em torno da operação que já alcançaram excelentes resultados, deixando um legado de sucesso. Todos esses programas já beneficiam, diretamente, mais de 15 mil pessoas.

“A Acciona tem como objetivo contribuir positivamente para a sociedade e o planeta, oferecendo soluções sustentáveis para os desafios mais urgentes. Somos pioneiros na estratégia de descarbonização de nossas atividades, sendo neutros em carbono desde 2016, compensando todas as emissões de CO2 geradas. Além disso, acreditamos que o investimento em infraestrutura sustentável, resistente e conectada é essencial para o desenvolvimento econômico e social, bem como para mitigar os impactos das mudanças climáticas”, aponta a liderança.

Pessoas 

De acordo com diferentes estudos, o desenvolvimento da infraestrutura está ligado à realização de 72% a 92% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das
Nações Unidas (ONU), com efeitos sobre a produtividade e o crescimento do emprego, melhorando também significativamente o desenvolvimento social. Atualmente, a Acciona conta com mais de 50 mil funcionários de 148 nacionalidades.

A empresa delineou uma estratégia global chamada People, com o objetivo de colocar as pessoas no centro de tudo que faz, por meio de quatro pilares fundamentais: o reconhecimento do mérito, a diversidade e a inclusão, o ambiente de trabalho transformador e a liderança. A abordagem consolidou-se como uma proposta de valor para os funcionários e faz parte do Plano Diretor de Sustentabilidade 2025 (PDS 2025), sendo a primeira de suas linhas estratégicas com o objetivo de investir nas pessoas para incluir e potencializar o melhor talento diversificado.