Varejo cresce 0,3% no primeiro semestre de 2024, segundo Índice Stone
Entre os seis segmentos analisados, três apresentaram alta no mês de junho, liderados pelo setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 1,7%.
Setor de livros registrou alta mensal. (Foto: Freepik)
A 18ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo apontou um fechamento estável do primeiro semestre do ano, com alta de 0,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já na análise mensal, o relatório indicou uma queda de 0,1% do volume de vendas no mês de junho. O estudo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no país, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros que é a principal parceira do empreendedor brasileiro, com o Instituto Propague.
“Com os dados deste mês, o cenário de incerteza pontuado no último relatório parece se resolver, mostrando que o primeiro semestre de 2024 se encerrou com uma tendência de estabilidade e leve alta quando comparado com os primeiros seis meses de 2023.”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.
O índice tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional, que pode orientar estratégias empresariais e decisões de investimento, fornecendo insights valiosos sobre o ambiente econômico.
Destaques segmentados
Entre os seis segmentos analisados, três registraram alta mensal, com o setor de livros, jornais, revistas e papelaria liderando com crescimento de 1,7%, seguido por tecidos, vestuários e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%).
Em contrapartida, os outros três segmentos apresentaram queda, liderados por artigos farmacêuticos com uma baixa de 1,0%, seguido por móveis e eletrodomésticos (0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%).
Essas e outras informações podem ser encontradas no dashboard do Instituto Propague, que centraliza todos os dados, tornando a pesquisa e a análise mais simples. Essa plataforma foi desenvolvida para atender às demandas de pesquisadores e interessados no setor, oferecendo acesso fácil a informações valiosas. Veja mais em: Link.
Destaques regionais
Os dados estaduais destacam variações relevantes entre diferentes regiões, permitindo que os empreendedores ajustem suas estratégias conforme as tendências regionais. Abaixo os principais resultados.
No recorte regional, dez estados se destacam com resultados positivos no mês, no comparativo anual: Maranhão (9,1%), Rio Grande do Sul (7%), Amazonas (6,1%), Roraima (5,2%), Pará (2,2%), Sergipe (2%), Acre (0,8%), e Mato Grosso (0,5%), Mato Grosso do Sul (0,1%) e Pernambuco (0,1%).
O pesquisador e cientista de dados da Stone explica a alta significativa no volume de vendas no Rio Grande do Sul. "O estado apresentou, de forma generalizada, forte alta na primeira quinzena de junho em vários setores, com o restante do mês seguindo em linha com a média histórica. Após o impacto ocasionado pelas enchentes, a alta pode demonstrar que o varejo do estado do RS está se reestabilizando, mas será necessário aguardar os resultados de julho para confirmar essa tendência."
Entre os outros quatorze estados que tiveram resultados negativos no comparativo anual, destacam-se: Rondônia (-13%), Alagoas (-9,9%), Piauí (-5%), Santa Catarina (-3,8%), Ceará (-3%), Amapá (-1,6%), Paraíba (-1,6%), Bahia (-1%), Paraná (-0,8%) e Espírito Santo (-0,8%).
Em paralelo, o estado do Rio Grande do Norte, Minas Gerais e o Distrito Federal, permaneceram estáveis (0%).
Segmentos analisados
O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia seis segmentos:
1) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
2) Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
3) Livros, jornais, revistas e papelaria;
4) Móveis e eletrodomésticos;
5) Tecidos, vestuários e calçados;
6) Material de Construção.