Romeu Tuma Jr. admite que Corinthians pode dar calote na Caixa se não houver acordo pela arena

Depois de sugerir que o Corinthians deixe a dívida com a Caixa Econômica Federal de lado e priorize suas contas com o futebol, entre elas o transfer Ban que impede a contratação de reforços, Romeu Tuma Júnior voltou a falar sobre o assunto e deixou no ar a possibilidade de o clube dar um calote na instituição financeira.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, o atual acordo com a Caixa é inviável e o clube não tem como arcá-lo. Em sua visão, se faz necessária uma nova negociação e um projeto novo para que o pagamento seja cumprido e finalizado.

"Não prego o calote, nós temos total convicção de pagar a dívida, mas nossa situação é difícil e se a gente não adequar essa situação com a Caixa a gente pode chegar nisso", admitiu o dirigente, em entrevista ao UOL. "Todo mundo que deve tem de pagar, mas a gente tem a possibilidade de renegociar isso. A Caixa demonstrou que está aberta a essa renegociação e a gente tem que buscar a nossa parceira para fazer esse trabalho", seguiu.

Mesmo com a vaquinha da Gaviões da Fiel arrecadando cerca de R$ 40 milhões, o clube trabalha com dívida de R$ 710 milhões por sua casa e espera negociar um acordo mais atrativo para sair da bola de neve que já arrola faz alguns anos.

"Eu acho que faltou competência no gerenciamento com a Caixa nesse período. Quando foi votar novamente para aumentar o valor, eu fui o único conselheiro que votou contra. Ia criar um imbróglio, que está aí, comprovado hoje", lamentou, lembrando dos mais de R$ 2,5 bilhões de dívidas do clube, incluindo o novo valor devido pelo estádio.