Cardiologista do HCI lembra que a reabilitação é essencial para diferentes comorbidades e para quem sofre da síndrome pós-covid
Cresceu o número de pacientes com problemas cardíacos pós-covid.
Especialista alerta para agravantes como sedentarismo e perda de massa muscular. (Foto: Pexels)
O Centro de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI) inaugurado em fevereiro já realizou cerca de 80 atendimentos com grande demanda por pacientes cardiopatas.
Segundo Joelma Dominato, cardiologista e coordenadora do Centro de Reabilitação Cardiopulmonar do HCI, muitos desses atendimentos também têm sido procurados por pacientes idosos que precisam recuperar a perda da massa muscular, a agilidade, o equilíbrio, a fadiga e também por pacientes obesos, hipertensos, diabéticos e com problemas cardiológicos, o que ajuda a melhorar a qualidade de vida e até mesmo a depressão.
“O nosso maior público hoje são os cardiopatas e aqueles que já infartaram e tiveram que colocar válvula, stent”, explica lembrando que também há casos de pós-covid que são classificados em uma definição recente de Covid 19 longa. Ou seja, aquelas pessoas que continuam com cansaço, falta de ar, alterações cardíacas, neurológicas, fadiga e dores musculares por mais de 4 semanas depois do início da doença e aqueles que se enquadram na síndrome pós-covid. Ou seja, apresentam sintomas que perduram por mais de 12 semanas.
A especialista explica que todos os pacientes, independente da patologia, precisam antes de tudo serem encaminhados por seu médico-assistente que irá fazer o direcionamento para a reabilitação, que pode ser o cardiologista, o pneumologista, o clínico entre outros especialistas.
“Pacientes que fumam em excesso e apresentam enfisema pulmonar também procuram bastante a reabilitação cardiopulmonar e a fisioterapia do HCI”, explica a cardiologista.
A médica lembra que a reabilitação para o paciente é essencial por melhorar a capacidade respiratória, o condicionamento físico, o aumento de massa muscular, o que ajuda no controle do peso e na melhora do desempenho físico e do equilíbrio.
“Podemos acrescentar também os inúmeros benefícios para a saúde mental, por diminuir a depressão e os transtornos de ansiedade”, finaliza.