Burnout atinge trabalhadores em todas as esferas, aponta pesquisa da Way Minder
Áreas de RH, vendas, educação, liderança, administrativo e TI apresentam as maiores taxas
Áreas de RH, vendas, educação, liderança, administrativo e TI apresentam as maiores taxas (Foto: Divulgação)
Levantamento realizado, recentemente, pela plataforma Way Minder, startup mineira de solução tecnológica que acabou de ser lançada e visa fortalecer a saúde mental e o bem-estar emocional do indivíduo tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal, mostra alto índice de burnout entre os trabalhadores brasileiros. Conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, o burnout foi classificado como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados da empresa, que tem por base a resposta de mais de 600 pessoas apuradas em maio, revelam que as áreas de RH (43), vendas (42,11), educação (42,1) liderança (40,43), administrativo (38,38), TI (36,61) são onde estão os profissionais mais afetados pelo burnout. Esses indicadores acima de 30 sinalizam que a fase da doença está em estágio moderado, acendo sinal de alerta aos usuários e empresas no monitoramento das emoções e uso de estratégias que visam reduzir esse índice. Segundo a Way Minder, a classificação aponta casos nulo de 0 a 18, baixo (19 a 32), moderado (33-49), alto (50-59) e grave (60-75).
Entre os possíveis agentes causadores apontados estão: envolvimento emocional intenso, problemas de comunicação, decisões erradas, perda de produtividade, aumento de ausências.
“O burnout ser categorizado pela Organização Mundial da Saúde como doença ocupacional tem levado as empresas a ligarem o alerta sobre a qualidade emocional de seus colaboradores, com adoção de ações e ferramentas que possam contribuir com sua qualidade de vida e reduzir os impactos negativos que essa doença pode causar aos negócios. E uma das soluções que estão sendo adotadas é o uso da nossa plataforma de gestão voltado à saúde mental”, aponta Deivison Pedroza, Co-Founder e CEO da Way Minder.
Os dados mostram ainda que quando se trata de liderança, o burnout está em todas as esferas, mas com forte sinal de alerta entre os C-Level: CEO, diretor, sócio, com pontuação de 44,41. Já Lideranças como gerentes, coordenadores são pontuados com 37,43; Outras lideranças: sub gerentes, supervisores marcam 39,47 pontos.
Se tratando de gerações, entre Lideranças C-Level, os da geração X - pessoas nascidas nas décadas de 1960 e início da de 1980, consideradas mais tradicionais em relação ao trabalho, preferindo carreiras estáveis, são os que apresentam os maiores índices (48,83), ficando muito próximo do nível elevado, quando atinge a pontuação entre 50 e 59.
Ainda entre esse grupo de C-Level, os da Geração Y, que possuem o mesmo perfil de trabalho, esse índice mede 33,93 pontos. Já os Baby boomers apresentaram uma pontuação de 31,5 – grupo de trabalhadores nascidos entre meados da década de 1940 e 1960. Entre a categoria de Lideranças (gerentes, coordenadores), a pontuação fica em: geração Z (41,8); geração X (36) e baby boomers (34,5).
Já entre outras lideranças (sub gerentes, supervisores), os babys boomers marcam um índice de 52; Geração X (40,86) e Geração Y (38,56).
Pedroza lembra que o burnout nada mais é do que um estágio extremo e prolongado do estresse que a pessoa vem enfrentando. No entanto, quando o estresse é crônico, ou seja, prolongado e intenso, pode levar a exaustão emocional, despersonalização e diminuição do desempenho no trabalho se transformando em um burnout. O burnout é um problema mais complexo e agravado do que o simples estresse, e pode levar a graves consequências para a saúde física e mental dos profissionais.
“A situação de estresse tem efeitos negativos que atingem não apenas o indivíduo, mas também as pessoas que estão ao seu redor, toda a família e claro o ambiente de trabalho, com redução de performance. Diante desses dados alarmantes, é imprescindível que as empresas e os profissionais estejam cientes da importância de abordar a saúde mental e o bem-estar emocional de forma abrangente e eficaz”, observa Pedroza.
O executivo lembra que a plataforma Way Minder se destaca como uma ferramenta que oferece soluções personalizadas para prevenir e combater essas questões, proporcionando um ambiente de trabalho saudável e promovendo o desenvolvimento pleno dos profissionais.
Metodologia
A metodologia utilizada pela Way Minder é própria e embasada em mais de 20 anos de pesquisas nas áreas de prevenção de saúde emocional e mental, neurociência, inteligência emocional e psicologia positiva. "Nossa abordagem é sustentada pela aplicação prática de assessments de inteligência emocional e transtornos mentais, como burnout, síndrome de ansiedade e estresse, e por intervenções comprovadas para proteger a saúde mental de mais de 12 mil clientes no Brasil, América Latina e Estados Unidos", destaca Pedroza.
Por meio desses assessments validados, é possível obter informações valiosas relacionadas aos riscos de diversos transtornos mentais. "Com base nesses dados, oferecemos intervenções eficazes para desenvolver e fortalecer o autoconhecimento, equilíbrio emocional, otimismo, motivação intrínseca, empatia, propósito individual e ressignificação cognitiva e emocional positiva", conclui.