Bologna volta a ganhar do Empoli e vai à decisão da Copa da Itália após 51 anos diante do Milan
Como já era previsto, o adversário do Milan na decisão da Copa da Itália será o Bologna. Nesta quinta-feira, no Renato DallAra, em Bolonha, o time da casa voltou a ganhar do Empoli, desta vez por 2 a 1, e se garantiu na final com o rival de Milão, agendada para o dia 14 de maio, em Roma, após 51 anos de espera.
Antes de a bola rolar, jogadores das duas equipes prestaram um emotivo minuto de silêncio em homenagem ao papa Francisco, morto na segunda-feira. Com as luzes do estádio apagadas e jogadores com lágrimas nos olhos, os sessenta segundos foram respeitados. Logo depois, veio uma salva de palmas ao pontífice argentino.
Será uma final para salvar a temporada ruim. As equipes se enfrentaram em fevereiro, no estádio Renato DallAra, e os donos da casa ganharam por 2 a 1, de virada, na ocasião aumentando a crise milanesa no Campeonato Italiano. Mas, na história, a superioridade do time de Milão é bastante grande. Foram 175 embates, com 79 triunfos rossoneros diante de 48 dos oponentes e outros 48 empates.
Em jejum de títulos na Copa da Itália desde a edição de 2002/2003, o Milan buscará seu sexto troféu da competição, na qual já perdeu na decisão em nove oportunidades. Por outro lado, o Bologna tentará a terceira taça. A equipe foi campeã nas edições de 1970 e 1974, além de amargar um vice.
Todo de branco, o Empoli sabia que apenas um milagre o levaria à decisão após decepcionante revés de 3 a 0 em casa. E a postura inicial foi de linhas adiantadas, no campo do Bologna, até então sem sofrer gols na Copa da Itália - 4 a 0 no Monza, nas oitavas, 1 a 0 na Atalanta, nas quartas, e os 3 a 0 da ida das semifinais.
Diante de sua torcida, porém, o Bologna não queria saber de se defender e de administrar os 3 a 0 e não demorou a ampliar ainda mais a vantagem. No primeiro ataque, logo aos 6 minutos, cruzamento preciso de Moro e Fabbian, sozinho, cabeceou às redes. O goleiro Seghetti salvou os visitantes de levarem o segundo a seguir.
Diferentemente do que ocorre no futebol italiano, a partida era totalmente aberta e com as equipes postadas no campo ofensivo. Solbakken saiu cara a cara e bateu para fora em oportunidade clara de empatar. Dallinga, sozinho na pequena área, fez pose para finalizar e esbarrou em milagre de Seghetti.
A disputa aberta resultou em empate dos visitante ainda na primeira etapa. Em roubada de bola no ataque, Solbakken recebeu e bateu forte, Ravaglia espalmou, e Kovalenko apareceu livre para deixar tudo igual.
O Bologna voltou mexido na etapa final e disposto a retomar o comando do placar. O argentino Dominguez entrou para puxar os contragolpes. Em um deles, serviu o companheiro, que bateu pelo alto. Logo depois, Fabbian parou em Seghetti.
O Empoli já não conseguia mais criar perigo e o avançar do tempo deixava a equipe bastante frustrada em sua obrigação de anotar mais três gols e não sofrer nenhum por uma prorrogação. O Bologna administrava bem, ainda assustou com Moro, e brindou sua torcida com a vitória e a classificação histórica em cabeçada de Dallinga.