Alceu Vasone: Hospital veterinário traz estrutura da medicina humana para São Paulo
Maior complexo hospitalar de saúde animal do país tem ressonância de alto campo, tomografia e capacidade de realizar 700 cirurgias por mês.
Alceu Vasone, membro do conselho administrativo do grupo investidor do hospital. (Foto: Atmefoto/Divulgação)
Um mercado que cresce a 25% ao ano. Uma cidade com cerca de 2,6 milhões de cães e gatos que são membros de muitas famílias. Um grupo de empreendedores com décadas de experiência em saúde. Esses são os ingredientes por trás do VEROS Hospital Veterinário, que inicia suas atividades considerado um dos maiores investimentos que o mercado veterinário já assistiu no país.
“Os animais de estimação são, hoje, membros das famílias. E nós sabemos cuidar da saúde das famílias. Esse foi o motivo pelo qual decidimos entrar no mercado de saúde pet”, diz Alceu Vasone, membro do conselho administrativo do grupo investidor do hospital e que, por décadas, foi um dos executivos do Hospital São Luiz.
O DNA do VEROS vem exatamente dessa experiência de décadas da família Vasone à frente do São Luiz. E, da medicina humana, o VEROS traz alguns de seus 5 pilares.
Primeiro, o rigor com processos, fluxos e protocolos médicos, de forma que a (1) segurança do paciente seja sempre uma prioridade. Para isso, uma profissional de enfermagem, oriunda de hospitais humanos, liderará em breve a equipe de enfermeiros e auxiliares.
Vem também da medicina humana a ideia de que um hospital de ponta deve oferecer (2) tudo em um só lugar, terminando com a via-sacra dos tutores em busca de exames de imagem refinados, UTIs equipadas e especialistas renomados. No VEROS, todos esses recursos (humanos e tecnológicos) estarão juntos, em um prédio de cinco andares, no Jardim Paulista, a poucos metros do parque Ibirapuera, no coração da cidade de São Paulo.
O grupo Localpar - controlador do hospital - começou a estudar o mercado de saúde animal em 2016. Hoje, seis anos depois, o projeto se concretiza, com um investimento que chega a R$ 50 milhões, sendo um terço desse valor destinado exatamente a equipamentos e tecnologia.
Hospital veterinário traz estrutura da medicina humana para São Paulo. (Foto: Atmefoto/Divulgação)
Em um só lugar
“O Veros é o único hospital com uma ressonância magnética de alto campo dentro de sua estrutura. Os outros equipamentos similares estão instalados em centros de diagnósticos (em SP, existe apenas um). Então, o paciente tem que ser deslocado do hospital para passar pelo exame, o que aumenta o risco do procedimento”, explica Horácio Battistini, diretor do hospital.
“No VEROS, o paciente poderá fazer desde a consulta mais simples até ficar em um leito de UTI, tendo no mesmo lugar todos os exames que possam ser necessários. Essa agilidade, além de reduzir o desgaste das famílias em um momento delicado, também permite diagnósticos precoces, o que aumenta a chance de sucesso do tratamento.”
A (3) tecnologia de ponta marca o centro de diagnóstico do VEROS, que inclui, além das últimas versões de equipamentos de RX, eco e ultrassonografia, uma máquina de ressonância magnética de 1,5 Tesla (a mais potente e moderna do país), um aparelho de tomografia de 16 canais e um arco cirúrgico (que viabiliza cirurgias cardíacas, neurológicas e urológicas de alta complexidade).
Equipe aberta
Os investidores trabalham com uma expectativa de faturamento anual de R$ 80 milhões (EBITDA de 30%) e têm no conceito de equipe aberta um dos caminhos para atingir essa meta.
Na prática, os médicos-veterinários poderão levar seus pacientes para o complexo hospitalar do VEROS fixando seus honorários. Com o hospital, o cliente acerta os custos da estrutura, como estamos bastante acostumados a fazer quando somos nós mesmos submetidos a cirurgias em unidades particulares de saúde humana.
Instrumentais cirúrgicos, equipamentos, próteses e o que o médico precisar será oferecido pelos VEROS, de forma que esses profissionais tenham as melhores condições para focar exclusivamente no que sabem fazer: a boa medicina.
Nesse contexto, a ideia do médico carregando quilos e quilos de equipamentos para uma cirurgia é uma cena que, se depender da proposta do VEROS, ficará no passado.
“O (4) médico-veterinário é o nosso foco, nosso primeiro cliente. Temos que dar condições para que ele trabalhe cada vez melhor, o que só se traduz em benefícios para os nossos pacientes”, afirma Danielle Silveira, gerente clínica do VEROS.
Internamente, cada área do hospital (PS, internação e UTI, imagem e laboratório) tem um coordenador com experiência reconhecida pelo mercado veterinário e que garantirá presencialmente a qualidade e a agilidade do atendimento do setor.
O VEROS entra em operação com 80 colaboradores (1/3 deles médicos-veterinários) e capacidade para realizar cerca de 2 mil consultas e 700 cirurgias por mês. Em breve o hospital colocará a serviço da medicina veterinária sua área de (5) educação continuada, porque, em saúde, a gente sabe, é preciso avançar todos os dias.