Pesquisa aponta as prioridades de investimento tecnológico de diferentes segmentos do Agro
Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) do Agro traz recorte sobre os investimentos futuros das empresas do setor.
Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) do Agro traz recorte sobre os investimentos futuros das empresas do setor. (Foto: Freepik)
O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) do Agro, estudo realizado pela TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, em parceria com a H2R Insights & Trends, revelou uma tendência positiva de adoção tecnológica no agronegócio brasileiro. O Índice de Prontidão Futura (IPF), que avalia quais são os direcionamentos e investimentos futuros em tecnologia das empresas, ficou em 0,51 – em uma escala de 0 a 1, demonstrando um sentimento misto entre as empresas em relação às suas prioridades de investimentos em tecnologia. No entanto, o cenário também sugere uma disposição para explorar e investir em tecnologias emergentes, que impulsionem a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade em toda a cadeia de valor.
“O investimento tecnológico no Agro é fundamental, não apenas para aumentar a produção, mas também melhorar a qualidade do que é produzido. Além disso, a aplicação de tecnologia permite uma gestão mais precisa e sustentável dos recursos, contribuindo também para a preservação do meio ambiente. Essas vantagens conferem às empresas que investem em digitalização um diferencial competitivo importante, tanto no mercado interno quanto no internacional, permitindo que enfrentem os desafios do setor com maior eficácia e alcancem um crescimento sustentável a longo prazo”, destaca Fabrício Orrigo, diretor de produtos para Agro da TOTVS.
Dando um zoom nos segmentos do agro, o estudo mapeou que as empresas de comercialização agrícola estão abaixo da média de IPF do setor (0,42), dando maior atenção para o investimento em soluções para a gestão financeira. Para elas, o foco é em sistemas para controle da comercialização e distribuição, que facilitam a negociação de preços, a gestão de contratos e a logística de entrega, otimização do armazenamento, redução de desperdícios. O segmento da pecuária acredita que os investimentos em novas tecnologias e o desenvolvimento do conhecimento técnico serão cruciais para o crescimento do setor. As empresas deste segmento obtiveram IPF de 0,49, com destaque para ferramentas de IA.
“A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa que veio para somar, proporcionando ganhos em produtividade, eficiência e qualidade na produção de carne e leite. Além dessa, outras tecnologias emergentes do setor, como soluções de monitoramento em tempo real, possibilitam dados de localização, conforto, saúde e comportamento dos animais, garantindo o bem-estar animal”, comenta Fabrício Orrigo.
No Índice de Prontidão Futura, as empresas de processamento e beneficiamento registraram média 0,45. Os players deste subsegmento destacaram que os maiores desafios estão ligados a sistemas de automação e equipamentos para beneficiar frutas, legumes e grãos. O setor tem investido em tecnologias para aumentar a eficiência, reduzir custos de produção e melhorar a qualidade dos produtos finais, mas ainda há espaço para crescer, com destaque para investimentos em automação, dispositivos IoT, ferramentas de Inteligência Artificial (IA), sistemas de controle de qualidade e técnicas avançadas de processamento.
Perfil da amostra
Para a elaboração do estudo foram entrevistados 350 proprietários e profissionais, em sua maioria da alta gestão, de empresas do agronegócio com faturamento acima de R$20 milhões, no período de agosto a dezembro de 2023. O objetivo do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Agro é avaliar o uso e a internalização de sistemas de gestão e tecnologias complementares por empresas do setor.
No detalhe, 41% são empresas de grande porte, 29% de médio e 21% de pequeno porte. Em relação à região que se encontram, 51% das empresas estão no Sudeste, 33% no Nordeste, 21% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 7% no Norte do Brasil. As amostras dos subsegmentos correspondem a Pecuária – 19%; Comercialização Agrícola – 21%; e Processamento e beneficiamento – 8%.