Natura lança frota de carretas movidas a gás biometano para reduzir 82% das emissões de carbono
Veículos farão o transporte unificado, tanto coleta quanto entrega, de matéria-prima, insumos e produtos acabados de Natura e Avon, envolvendo fornecedores, fábricas, centros de distribuição e terceiros no estado de São Paulo.
Caminhão movido a gás biometano e carreta da nova frota implementada pela Natura. (Foto: Divulgação)
Dando mais um passo significativo rumo ao objetivo de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa, a Natura acaba de lançar a primeira frota de carretas movidas a gás biometano. A substituição dos atuais veículos a diesel por 20 novos com combustível verde reduzirá as emissões de carbono em 82%, contribuindo para o cumprimento das metas públicas da Visão 2030 da companhia, denominada Compromisso com a Vida. A mudança engloba 35% de toda a operação de fretes pesados da Natura no Brasil.
As novas carretas farão o transporte unificado de coleta e entrega de matéria-prima, insumos e produtos acabados da Natura e da Avon. Isso envolverá fornecedores, fábricas, hubs, centros de distribuição e terceiros no estado de São Paulo. A frota consiste em 20 cavalos mecânicos – compostos pela cabine, motor e rodas de tração – e 50 carretas, que transportam as mercadorias. Os novos equipamentos serão responsáveis por cerca de 1.250 viagens mensais.
Eduardo Sá, diretor executivo de Operações e Logística da Natura, explica que um dos maiores desafios do projeto foi unificar três circuitos de entregas diferentes com um único fornecedor que atendesse à demanda e aos requisitos operacionais, em especial a disponibilidade de veículos abastecidos por biocombustíveis. A empresa escolhida foi a Reiter Log. A parceria também resultará em uma redução significativa no custo de frete, economizando anualmente aproximadamente R$1,2 milhão. “Pretendemos ampliar ainda mais a nossa frota verde e, neste momento, estamos estudando a rota São Paulo-Minas Gerais com nossos fornecedores e toda a nossa rede de parceiros para que possam criar, junto da Natura, um corredor verde com pontos de abastecimento”, acrescenta.
Josie Romero, vice-presidente de Operações e Logística da Natura, destaca que o projeto é um marco importante para a empresa, já que a Natura tem um compromisso público para ajudar a acelerar a agenda de baixo carbono.
"Temos a meta de zerar emissões líquidas de carbono para escopo 1 e 2 e reduzir 42% do escopo 3 até 2030, seguindo a iniciativa Science Based Targets (SBTi). A implementação dessa frota verde não só permitirá melhorar o nível de serviço, com qualidade e segurança, mas também colaborar para a construção de um futuro mais sustentável. Promover mudanças estruturais exige engajamento de todos os nossos fornecedores e estamos trabalhando intensamente para que nossos parceiros adotem, cada vez mais, práticas sustentáveis e regenerativas em suas cadeias”, destaca a executiva.
Regeneração rumo ao Net Zero
Para alcançar suas metas, a Natura intensificou o desenvolvimento de produtos e projetos com foco na regeneração, conceito adotado pela companhia no final de 2023 e que define toda sua estratégia de negócios. Esse posicionamento parte do princípio de que os desafios globais da humanidade demandam ações que vão além da sustentabilidade e exigem, não apenas a conservação, mas também a restauração do que já foi degradado pela ação humana, tanto do ponto de vista ambiental quanto social.
Diretamente para os consumidores, a regeneração se materializa em produtos como o primeiro hidratante corporal concentrado do mundo. Natura EKOS Concentrado de Castanha é resultado de três anos de estudos do time de inovação da marca e possui apresentação inédita: ao misturar o creme concentrado de apenas 30ml com a água, o consumidor, na sua própria casa, transforma o produto em um poderoso hidratante de 250 ml. O frasco é 100% feito com plástico retirado dos rios da Amazônia, reutilizável, e utiliza 81% menos material plástico em relação ao refil convencional, o que diminui em 55% a geração de resíduos. Em relação às emissões de CO2, o novo produto emite 38% menos gases do efeito estufa na atmosfera e requer 75% menos caminhões para o transporte.