Netanyahu afirma que Israel tomará o controle de todo o território de Gaza
Israel tomará "o controle" de toda a Faixa de Gaza, afirmou na manhã desta segunda-feira, 19, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
A declaração de Netanyahu ocorre um dia após o Exército de Israel lançar uma ampla ofensiva terrestre nas regiões sul e norte da Faixa de Gaza. A fala também reforça a promessa anterior do primeiro-ministro, que havia assegurado que as forças israelenses entrariam no território palestino "com toda a força".
O Exército israelense afirmou em comunicado que a operação terrestre começou após uma onda preliminar de ataques da Força Aérea contra alvos do grupo terrorista Hamas para diminuir as capacidades de resposta contra a investida. A pasta israelense disse também que mais de 670 alvos terroristas do grupo foram atingidos em toda a Faixa de Gaza na última semana.
"Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da faixa", declarou o premiê em um vídeo divulgado em seu canal no Telegram.
"Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da Faixa", declarou o chefe de Governo israelense em um vídeo divulgado em sua conta no Telegram.
"Não vamos ceder. Mas para ter sucesso, temos que agir de forma que não nos detenham", acrescentou.
Ao mesmo tempo, os bombardeios israelenses em Gaza mataram mais de 500 pessoas desde o último domingo (11), entre eles mulheres e crianças, inclusive mais de 130 mortos neste domingo (18), segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas.
O premiê israelense sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. A nova ofensiva terrestre de "ocupação total", aprovada pelo congresso israelense, terrestre pode colocar em prática a nova estratégia.
O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fontes do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária.
"Continuaremos até quebrar a capacidade de combate do inimigo, até derrotá-lo onde quer que operemos. Não podemos voltar a 7 de outubro. Temos dois objetivos principais pela frente: o retorno dos sequestrados e a derrota do Hamas", disse o Major-General Eyal Zamir, chefe do Exército israelense.
Liberação de ajuda humanitária
Netanyahu explicou ainda que seu país deve evitar uma fome em Gaza "por razões diplomáticas", após o anúncio de uma retomada limitada da ajuda humanitária destinada ao território palestino sitiado e bombardeado.
"Não devemos deixar que a população caia na fome, nem por razões práticas, nem por razões diplomáticas", declarou no mesmo vídeo.
Ele explicou que "os amigos" de Israel disseram que não tolerariam "imagens de fome em massa".
Netanyahu disse também que sua decisão de retomar a ajuda a Gaza após um bloqueio de semanas ocorreu após pressão de aliados.
A ajuda que seria permitida seria "mínima", disse ele, sem especificar exatamente quando seria retomada.
Israel disse no domingo que retomaria as entregas de ajuda ao território devastado pela guerra, após uma interrupção total das importações desde o início de março.
Israel tem afirmado que o bloqueio de mercadorias - incluindo combustível, alimentos e medicamentos - foi feito para aumentar a pressão sobre o grupo militante Hamas em Gaza. (Com agências internacionais).