Na Coreia do Sul, oposição apresenta novo pedido de impeachment do presidente
A breve declaração de lei marcial de Yoon, em 3 de dezembro, gerou caos político e grandes protestos exigindo sua destituição. O Partido Democrático, principal sigla da oposição, argumentou que o decreto de Yoon equivalia a uma rebelião. Mais cedo, na quinta-feira, Yoon defendeu o decreto como um ato de governança e negou as acusações de rebelião.
Contexto
A lei marcial decretada pelo presidente Yoon envolveu o envio de centenas de soldados armados para cercar o parlamento e invadir a comissão eleitoral. No entanto, não houve violência ou ferimentos significativos. A declaração de lei marcial durou apenas seis horas, sendo suspensa depois que a Assembleia Nacional a rejeitou por unanimidade.
Yoon, um presidente conservador, justificou o ato como um alerta ao Partido Democrático, que ele acusou de enfraquecer o governo e ameaçar a ordem constitucional do país. Ele afirmou: "Lutarei até o fim para evitar que forças e grupos criminosos que paralisaram o governo ameacem o futuro da República da Coreia".
Os partidos de oposição alegam que a declaração foi inconstitucional, já que a lei sul-coreana só permite a imposição de lei marcial em situações de guerra ou emergências semelhantes, o que não era o caso.
Se o impeachment for aprovado, os poderes presidenciais de Yoon serão suspensos até que o Tribunal Constitucional decida se ele será destituído ou reintegrado ao cargo. Caso ele seja removido, uma nova eleição presidencial deverá ser realizada em até 60 dias.