Mercado de M&A no Brasil fecha o 1º semestre em alta na comparação com o ano passado, diz PwC
Cenário brasileiro contraria lógica global, que registra queda de 14% nos primeiros seis meses de 2024 ante mesmo período de 2023.
Cenário brasileiro contraria lógica global, que registra queda de 14% nos primeiros seis meses de 2024 ante mesmo período de 2023. (Foto: Freepik)
Em rota contrária do que se vê no mercado internacional, o cenário de M&A no Brasil durante o primeiro semestre aponta leve crescimento no volume de transações - 2% de alta na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses em 2023, o número total foi 17% menor do que em 2022.
Uma publicação da PwC sobre tendências do Mercado Global de M&A, referente ao primeiro semestre de 2024, indica queda de cerca de 14% no volume de transações totais quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso comenta aspectos que impactam esse cenário.
“Por exemplo, taxas de juros elevadas (em especial nos Estados Unidos) atraem o capital para investimentos de renda fixa de baixo risco. Outro aspecto é o ‘valuation’ das empresas em patamares elevados, trazendo incertezas quanto ao retorno do investimento”, afirma.
Outros pontos mencionados por Dell’Oso são o cenário geopolítico global, com efeitos sobre as perspectivas econômicas dos países, e eleições em EUA, Reino Unido e outras nações, postergando as decisões de investimentos das empresas.
De acordo com o sócio da PwC Brasil, se a Federal Reserve (FED) baixar a taxa de juros dos Estados Unidos, a consequência pode ser um aumento do volume de transações de M&A no Brasil. “Com a redução da taxa de juros norte-americana, investidores seriam atraídos para investimentos de renda variável de maior retorno, ainda que com um pouco mais de risco, como são as transações de M&A. Nesse cenário, poderíamos ter um maior fluxo de investimentos migrando para os mercados emergentes, dentre os quais o Brasil”, analisa.