Inteligência Artificial é prioridade para 75% dos líderes de RH no Brasil
Estudo da MIT Sloan Management Review aponta dados e expectativas sobre o setor.
Estudo da MIT Sloan Management Review aponta dados e expectativas sobre o setor. (Foto: Freepik)
75% dos líderes e gestores de RH entendem como prioritária a necessidade de incorporar soluções de inteligência artificial em plataformas de gestão de recursos humanos. O dado compõe a pesquisa Human Capital Management Solutions Report, feita pela empresa MIT Sloan Management Review BR, com apoio da HR Tech LG lugar de gente.
CEOS, diretores, consultores e gerentes de mais de 140 organizações brasileiras participaram do levantamento, que contou com metodologia baseada em questionário-base sobre as principais demandas do setor, percepção de valores e estratégias de aplicação de plataformas de gestão.
O estudo investigou o uso de soluções de Human Capital Management (HCM), que são o conjunto de estratégias e ferramentas ligadas à gestão de capital humano, seja por uso segmentado, como processos de pagamento de folha, recrutamento e seleção, assim como plataformas transversais de integração de processos. A análise identificou expectativas, aplicações, entraves e vantagens na adoção de soluções tecnológicas, no território nacional.
Oportunidades para o Setor – Inteligência Artificial já se tornou tópico indispensável para qualquer empresa de tecnologia. No setor de Recursos Humanos, as empresas ainda enxergam que o assunto está em desenvolvimento. Por mais que 75% de líderes do setor tenham como prioridade implementar soluções de IA em plataformas de gerenciamento de pessoas, apenas 20% conseguem identificar aplicações claras da ferramenta em seus sistemas. O dado evidencia que ainda há uma gama de possibilidades de implementação de IA em processos de HCM a serem exploradas.
O estudo também revelou que para 67% dos gestores e líderes de RH, o principal benefício da implantação de HCM se dá no fortalecimento da visão estratégica. Com a utilização das plataformas, 69% dos entrevistados ressaltaram a eficiência operacional como principal indicativo de vantagem, acompanhado de automatização de processos e análises assertivas sobre equipes e colaboradores, ambos destacados por 64,19% dos participantes.
“O RH necessita ser mais analítico. É um grande desafio atualmente, já que o time de RH não possui esse skill de forma padrão. O setor deve atuar como um facilitador ao promover educação sobre a importância dos dados, além de liderar iniciativas de integração e análise. Deve ser um exemplo ao utilizar de dados para definir estratégias e direcionar a liderança da companhia. Contudo, não podemos esquecer que as habilidades de gestão e humanas são igualmente fundamentais para o sucesso”, explica Daniella Vasconcelos, Gerente de Estratégia e Excelência do Cliente na LG lugar de gente.
Tomadas de Decisões – O estudo indica que as HCM otimizam processos e ajudam na análise de dados para construção de estratégias. Como destaque, as plataformas também servem como termômetros de tomada de decisão e impulsionam o engajamento dos colaboradores, esse último valorizado por 87% dos executivos C-Level no Brasil. No lado financeiro, a implementação das soluções tem saldo positivo para o bolso das companhias. 66% dos entrevistados disseram ter redução de custos após a implementação de HCM.
Saúde mental e bem-estar – É imprescindível ter como ponto focal no planejamento estratégico do RH a satisfação dos colaboradores. A pesquisa elucida essa preocupação, já que 74% dos entrevistados disseram ter como prioridade a incorporação de soluções de saúde mental, mas ainda existe baixa adesão de processos que integram tecnologias pensadas para esse assunto.
Apenas 18,24% das empresas efetivamente dispõem de tais ferramentas. Este tópico ilustra uma tendência do setor em procurar por plataformas que ofereçam usos para além de processos burocráticos, mas como facilitadoras e canalizadoras de ações voltadas ao gerenciamento de clima organizacional e felicidade corporativa.
“É importante utilizar de dados para obter feedback contínuo dos colaboradores. Esta prática melhora a retenção de talentos e o engajamento, além de estar ligada diretamente com a estratégia estabelecida pelo setor” conclui Daniella.