Setor de tecnologia da informação registra maior número de fusões e aquisições no segundo trimestre
Cenário de fusões e aquisições está estável, no mesmo patamar dos últimos quatros trimestres.
Luís Motta, sócio da KPMG. (Foto: Divulgação)
Uma pesquisa realizada pela KPMG apontou que foram realizadas 365 operações de fusões e aquisições, no segundo trimestre deste ano, fechando o semestre com 737 negócios concretizados por empresas no país. Se compararmos com os primeiros três meses (372), o cenário permaneceu estável. O estudo da KPMG é feito trimestralmente e leva em consideração 43 setores da economia brasileira.
“Pelos números do trimestre, o cenário de fusões e aquisições está estável, no mesmo patamar dos últimos quatros trimestres, apontando para cerca de 1.500 transações no final ano. Embora os números apresentem uma queda com relação ao semestre anterior, o cenário está com melhores perspectivas do que no início deste ano”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.
Do total de operações finalizadas no segundo trimestre deste ano (365), a maioria delas foi do tipo doméstica (233), ou seja, realizada entre empresas brasileiras. Foram feitas ainda 105 negociações realizadas por empresas estrangeiras adquirindo, de brasileiros, outra estabelecida no Brasil; 21 por estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil; 4 por brasileira adquirindo, de estrangeiros, empresa no Brasil; e duas por brasileira adquirindo, de estrangeiros, empresa estabelecida no exterior.
Setores - TI ultrapassa companhias de internet:
De acordo com o levantamento, o setor de tecnologia da informação foi o que mais registrou operações de fusões e aquisições entre os meses de abril e junho deste ano, fechando o período com 103 negociações. Em segundo lugar, ficaram as companhias de internet com 76, e em terceiro, instituições financeiras com 31.
No ranking, constam ainda outros setores com número relevante de transações, tais como: hospitais e laboratórios de diagnósticos com 20 operações, companhias de serviços, 18; seguros, 14; supermercado, 6 e produtos de engenharia, 5 transações.
“Os investidores focaram mais em tecnologia do que em plataformas de internet a partir deste trimestre. Ao que parece, esta será a tendência deste ano. Nesse mesmo sentido, o setor de instituições financeiras também ficou bem aquecido por causa de algumas rodadas de investimentos em startups de finanças (fintechs). O mesmo também se observou para o setor de saúde por meio de startups” finaliza.