Sapore investe em tecnologias próprias para aumentar eficiência e segurança em suas operações
Com dólar e inflação em alta, multinacional está desenvolvendo sistemas que já trouxeram resultados concretos e podem movimentar até R$ 2 milhões em um ano.
Aldo Navarro, diretor de tecnologia da Sapore fala sobre as ações para melhorar as operações da companhia (Foto: Divulgação)
Com o dólar alto e a inflação refletindo no preço dos alimentos, a Sapore, multinacional de refeições corporativas e facilities, tem investido cada vez mais em tecnologias próprias como forma de solucionar problemas, diminuir o risco de acidentes e otimizar serviços. Mas, o que era uma forma de reduzir gastos, acabou se tornando também uma oportunidade para aprimorar os negócios, com potencial de movimentar R$ 2 milhões por ano.
“Antes da alta do dólar, se precisávamos de uma tecnologia, nós víamos as opções disponíveis no mercado, fazíamos uma cotação e comprávamos ou contratávamos”, explica Aldo Navarro, diretor de tecnologia da Sapore. “Mas, agora, contratar esses serviços ficou muito oneroso, por isso fortalecemos a nossa área de TI, fizemos aquisições necessárias e formamos parcerias estratégicas para desenvolver nossas próprias tecnologias”, completa.
Esses investimentos em tecnologia, que utilizam Inteligência Artificial, IoT, dentre outras inovações, já trouxeram resultados importantes para a multinacional, que vão da melhoria no atendimento aos clientes até o aprimoramento no nível de segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Inclusive, a Sapore mantém histórico de empresa mais inovadora no segmento, no Ranking “As 100 + inovadoras no Uso de TI” da IT Midia.
EPI
As cozinhas industriais são ambientes com grande potencial de risco, que podem ir de queimaduras até quedas. Com o objetivo de reduzir esses riscos, a área de TI da Sapore investiu em tecnologias que integraram os Equipamentos de Proteção Individual.
Entre as inovações, por exemplo, estão o uso de câmeras de monitoramento e inteligência artificial que identificam se o colaborador está usando os equipamentos de segurança e higiene necessários, como luvas, avental, toucas, entre outros.
Também foram testados chips nos crachás que monitoram o bem-estar do colaborador capazes de identificar possíveis acidentes, como, por exemplo, cair e perder a consciência dentro de uma câmara fria.
Processos
As inovações também estão sendo utilizadas para aprimorar os processos de trabalho, tanto internos quanto externos nas áreas de food e facilities. Com isso, há aumento da produtividade, menos trabalho braçal e melhoria de resultados.
Inclusive, alguns frutos já estão sendo colhidos, como é o caso da implementação de uma ferramenta para aprimorar os negócios, criando uma rede de fornecedores, em que os produtos podem ser adquiridos de forma mais ágil e eficiente. O Portal de Compras, que vai ser lançado neste ano, é uma plataforma desenvolvida 100% pela Sapore capaz de movimentar até R$ 2 milhões.
Na área de facilities também há diversas inovações. Por exemplo, por meio da Inteligência Artificial e sistemas de gerenciamento de demandas, é possível ver quais as áreas que mais demandam atenção, identificar riscos e otimizar o atendimento.
Por exemplo, se uma lâmpada queima em um escritório, não é necessário mais ficar ligando para o responsável e pedir a troca. Basta fazer um pedido de reparo via QR Code, que vai para uma central, que, por meio de IA, vai definir prioridades, solicitar e acompanhar o reparo e ter feedbacks, podendo sinalizar até mesmo possíveis problemas elétricos.
Em outra vertente, no caso da limpeza de áreas, é possível saber quem limpou cada ambiente, quanto tempo permaneceu fazendo a limpeza, qual carrinho utilizou para limpar e até se o funcionário caiu e se machucou durante o processo. Caso isso aconteça, o sistema identifica que houve uma mudança no processo e pode fazer automaticamente uma ligação para saber se está tudo bem.
“Essas inovações trazem mais agilidade, segurança e otimização às atividades simples do dia a dia, mas que são extremamente importantes para as empresas. No final, quando avaliamos os resultados, elas podem gerar, inclusive, economia para a empresa”, completa Navarro.