Cinco passos para a construção da confiança na carreira de um executivo de finanças
Estudo da PwC Brasil mostra que equilibrar a gestão funcional com ideias estratégicas que demonstrem uma perspectiva de negócios mais ampla pode fazer a diferença.
Estudo da PwC Brasil mostra que equilibrar a gestão funcional com ideias estratégicas que demonstrem uma perspectiva de negócios mais ampla pode fazer a diferença. (Foto: Unsplash)
A sustentabilidade de um negócio depende de alguns aspectos relevantes, entre eles a confiança de clientes e de mais públicos de interesse da marca. Na pesquisa “O que é importante para um futuro CFO?”, da PwC, 89% dos CFOs dizem que encontrar o equilíbrio certo entre reduzir custos e investir no crescimento é um grande desafio para a transformação. Já 90% dos investidores institucionais acreditam que o uso de ferramentas tecnológicas disruptivas levará a melhores resultados e retornos do seu portfólio. Neste contexto, a PwC propõe cinco pontos de reflexão sobre a construção da confiança entre públicos de interesse em serviços financeiros.
Um dos primeiros passos é o avanço do tático para o estratégico. O conselho e os executivos devem reconhecer a visão ampla de negócios do profissional e não considerar apenas seu papel tático ou funcional atual. Ao mesmo tempo, deve-se buscar formas de agregar mais valor estratégico à equipe de liderança e à empresa. Para realizar tais diagnósticos, investir em recursos humanos e tecnologia são dois dos cinco passos que podem levar à conquista de confiança dos clientes.
Para o aspirante a CFO, ajudar sua empresa a navegar por essas incertezas provavelmente significa trabalhar com equipes capazes de atualizar os processos digitais e assim reagir, adaptar e comunicar insights diariamente, semanalmente ou mensalmente – e não apenas trimestralmente. Neste sentido, a contribuição potencial da Inteligência artificial para a economia global até 2030 é de US$ 15,7 trilhões, segundo o estudo da PwC.
“É preciso investir em tecnologia para melhorar a eficiência nessa área, não dá mais para trabalhar em Excel. Hoje, vemos um investimento maior em mineração de dados a fim de obter informações mais preditivas. Há uma busca por plataformas digitais para planejamento financeiro de acordo com a realidade de cada organização”, explica o sócio da PwC, Cláudio Machado.
Outro aspecto importante para a geração de confiança está relacionado à forma como as lideranças de Finanças lidam com o mercado e o público interno. Analistas e investidores podem ser a porta de acesso para o capital e a realização dos objetivos estratégicos das empresas de capital aberto. Compreender como se comunicar com os investidores pode ser uma competência importante a desenvolver. Isso inclui ser capaz de transformar números financeiros e não financeiros em narrativas fortes, gerir expectativas e comunicar a estratégia da empresa de forma precisa.
Mais um ponto a se considerar refere-se à agenda ESG, colocada em discussão e em prática. O estudo da PwC indica que 85% dessas lideranças dizem que não têm a tecnologia certa para atender aos possíveis requisitos ESG. Segundo o documento, os futuros CFOs devem compreender como as decisões empresariais sustentáveis e as métricas ESG podem apoiar uma estratégia empresarial mais ampla e moldar o valor de longo prazo, desde o desempenho e crescimento à gestão de riscos e reputação da marca.
Para finalizar, a pesquisa indica a importância de cultivar talentos. Assumir um papel ativo no desenvolvimento de talentos, capacitando equipes e encontrando pessoas com habilidades técnicas, analíticas e estratégicas é importante e neste sentido a IA pode ajudar, já que é capaz de fornecer informações valiosas sobre estratégias de retenção ou satisfação no trabalho, assim como agilizar o processo de contratação.
“A IA generativa, a realidade virtual e o metaverso podem criar oportunidades para educar, treinar e aprimorar as habilidades das equipes de forma eficaz”, explica Claudio Machado.