Fundo XP Private Equity II anuncia investimento de R$200 milhões inédito em plataforma de reprodução assistida
O investimento será utilizado para consolidar o setor, implementar as alavancas de crescimento orgânico das clínicas, ampliar a educação sobre reprodução assistida e democratizar o acesso aos tratamentos.
Chu Kong, head do fundo de private equity da XP Asset. (Foto: Divulgação)
O FIP XP Private Equity II, da XP Asset, anuncia a criação de uma holding que atuará como plataforma de consolidação de clínicas de Reprodução Assistida, com participação societária em cinco clínicas de reprodução assistida. A plataforma já inicia com uma rede nacional, com presença em três regiões e cinco Estados no país. O investimento de R$200 milhões será utilizado para consolidação do setor a partir da aquisição de participação em outras clínicas, além de acelerar a expansão orgânica da rede por meio de investimento em: (i) educação e marketing; (ii) democratização do acesso aos tratamentos, por meio de soluções de financiamento, benefícios corporativos e clínicas democráticas; e (iii) abertura de novas unidades.
A plataforma inicial é formada pelas clínicas: Fertility, em São Paulo (Dr. Édson Borges Junior, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, e Dr. Assumpto Iaconelli); Vida, no Rio de Janeiro (Dr. Paulo Gallo de Sá, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Dra. Maria Cecília Erthal de Campos Martins, vice- presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e Dr. Marcus Vinicius Dantas); Geare, em Pernambuco e Paraíba (Dra. Maria Madalena Pessoa Caldas); Primordia, no Rio de Janeiro (Dr. Isaac Moise Yadid e Dr. Marcio Coslovsky); e Verhum, no Distrito Federal (Dr. Vinicius Medina, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e Dr. Jean Pierre Braguil Brasileiro).
“O setor de reprodução assistida no Brasil, apesar de já ser representativo e contar com a realização de aproximadamente 50 mil ciclos anuais, movimentando aproximadamente R$ 2 bilhões ao ano, ainda é pouco conhecido pela população. Este é um segmento em forte crescimento, dadas as atuais tendências sociais e demográficas, como (i) a maior representatividade feminina no mercado de trabalho, (ii) gravidez tardia; e (iii) novas composições familiares (ex: casais homoafetivos)”, explicou Chu Kong, head do fundo de private equity da XP Asset.
“Com a união das cinco clínicas iniciais, acreditamos que a plataforma já se tornará líder do setor em número de ciclos e enxergamos espaço para diversas outras aquisições estratégicas, expandindo cada vez mais o acesso à reprodução assistida no país”, completou Chu Kong.
De acordo com a dra. Maria Cecília Erthal, sócia-fundadora da Vida e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, uma a cada seis pessoas têm dificuldade para engravidar. “Nosso objetivo principal é ajudar a todos no tratamento e na prevenção dessas questões, para melhorar a qualidade de vida dessas famílias, e ainda vemos muito espaço para evoluir nesta frente no Brasil. Para ilustrar, o Brasil realiza aproximadamente um ciclo a cada 4,6 mil habitantes, enquanto nos EUA este número é de aproximadamente um ciclo a cada 1,2 mil habitantes, ou seja, cerca de quatro vezes mais”.
“Acima de tudo, nos preocupamos com a qualidade dos serviços médicos das clínicas da nossa plataforma, motivo pelo qual nos dá muito conforto nos unir a esse grupo de clínicas que prezam pela excelência e sobretudo alto nível científico. Todos os nossos sócios possuem entre 20 e 40 anos de experiência em reprodução assistida”, acrescentou Dr. Isaac Moise Yadid, sócio-fundador da Primordia e um dos médicos do grupo que realizou o 1º processo de reprodução assistida do Brasil.
Chu Kong completa afirmando que “está no “DNA da XP” democratizar todos os mercados nos quais atua, incluindo agora o acesso à reprodução assistida para a grande parcela da população que não tem acesso aos tratamentos, seja por motivos de desconhecimento ou pelo alto custo financeiro”. Ainda de acordo com ele, “faz parte dos planos estruturar alguma solução de financiamento para viabilizar o acesso aos procedimentos”.