Viviane Mansi, da Toyota: precisamos pensar em rotas tecnológicas para trazer inovações energéticas
Empresários e executivos participaram do LIDE TALKS ESG sobre a responsabilidade das empresas com a agenda climática mundial.
LIDE TALKS ESG debateu a agenda ambiental nas empresas. (Foto: Reprodução)
O setor produtivo deve protagonizar ações que visam o equilíbrio da agenda climática. Essa é a conclusão de empresários e executivos que participaram do LIDE TALKS ESG, realizado nesta quarta-feira (14), para debater os desafios da pauta climática.
Para Viviane Mansi, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Toyota para América Latina e Caribe e presidente da Fundação Toyota do Brasil, é preciso adaptar e entender as demandas sociais de acordo com cada região do globo, sem perder o foco no objetivo.
"A certeza é que não adianta oferecer a mesma solução energética para todos os países. Por isso, é preciso pensar em alternativas e as rotas tecnológicas para trazer inovações e benefícios", disse.
O diretor de Relações Institucionais da Tereos Brasil, Rodrigo Simonato, defende a transição energética a partir do etanol, que já é um produto de mercado. O combustível emite menos de 70% do gases que provocam o efeito estufa quando misturado à gasolina.
"O etanol é parte da solução para as mudanças climáticas. O etanol certamente fará parte dessa transição energética no país, junto com outras tecnologias que surgirão no futuro", defendeu.
Patricia Audi, vice-presidente executiva de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander, explicou que o setor financeiro tem papel decisivo para auxiliar nas discussões, e viabilizar meios para que as empresas assumam compromissos ambientais.
"A pandemia trouxe a importância da ciência como comprovação que a influência humana causa alterações no clima. A responsabilidade de assumir a agenda ESG é da humanidade e das empresas".
O diretor de Sustentabilidade da Accenture na América Latina, Matthew Govier, que mediou a live, afirmou que a COP-26 (26º encontro da Conferência das Partes da Convenção), marcada para acontecer entre outubro e novembro na Escócia, pode determinar as diretrizes dessa transformação.
"O principal ponto de referência para trazer soluções aos impactos climáticos está no Acordo de Paris. Nos apegamos a esse documento, porque condiz com uma das metas da nossa companhia: nos propomos a chegar a netzero (carbono), até 2050".
Participaram da live o chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, e o diretor-executivo do Grupo Doria, João Doria Neto. O evento foi transmitido ao vivo pelas plataformas LIDE e a íntegra está disponível na TV LIDE, no YouTube, e em formato podcast nos principais players de áudio.