José Vicente: 'Impedir o acesso do negro ao mercado de trabalho é impedir a sua própria sobrevivência'
Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares fala sobre trajetória, desafios e lutas durante entrevista ao presidente do LIDE Equidade Racial, Ivan Lima.
José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares. (Foto: Divulgação)
"Impedir o acesso do negro ao mercado de trabalho é impedir a sua própria sobrevivência", provoca José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, em entrevista exclusiva a Ivan Lima, presidente do LIDE Equidade Racial.
No Canal Equidade, Vicente defende políticas afirmativas para a equidade racial no setor produtivo. "As empresas precisam tirar essas barreiras que ainda têm um olhar enviesado para dentro dessa questão", defende. Confira a íntegra da entrevista:
IVAN LIMA - Você sabe que o senhor é uma liderança muito importante não só para mim, mas para todo nosso povo brasileiro. A população negra e a eternidade devem ao senhor a façanha de ter a Universidade Zumbi dos Palmares. Imagino a luta que foi. Por isso, queria saber quem é José Vicente?
JOSÉ VICENTE - É um tresloucado e desajuizado que resolveu dá azo e deixar voar suas ideias. Quando a gente dá azo às ideias, pode acontecer de tudo. Mas na verdade: jovem periférico, vulnerabilizado que ainda assim achou e, acertadamente, que é possível fazer a mudança e a transformação. É possível alcançar e realizar os seus propósitos.
IVAN LIMA - Quando você fala isso, eu lembro de uma frase que disse sabiamente um grande líder mundial que diz que: ‘Quando deixamos nossa luz própria brilhar, inconscientemente permitimos que as pessoas ao nosso redor façam o mesmo’. Eu acho que você tem essa luz própria. Você é justamente essa pessoa que desbrava, que nos demonstra que é possível conseguir alcançar e realizar esses sonhos. Fale um pouco mais sobre isso e, se você puder, contextualize com o Zumbi dos Palmares. Por que Zumbi?
JOSÉ VICENTE - Talvez começando pelo final, Zumbi dos Palmares é a síntese desse novo tempo que nós atravessamos. Você se recorda, e muitos se lembram, que até pouco tempo atrás, Zumbi dos Palmares era um rebelde sem causa, um desajustado, um marginal político e social. E foi pura e tão somente a luta do povo negro que o reconstituiu agora como herói nacional. Ele passou a nomear ruas, equipamentos sociais, avenidas e transformou em feriado municipal o dia da sua morte aqui na cidade de São Paulo e em mais 2000 municípios, além de outras oito capitais.
Então, acredito que essa transformação histórica que o Brasil atravessou ao longo dos últimos 50 anos está fazendo dois movimentos. Primeiro, devolver o Brasil para todos os brasileiros, na sua abrangência, estéticas, cores, culturas e histórias. E segundo, permitiu que fizesse essa reconstrução do negro como um protagonismo importantíssimo da própria trajetória histórica do nosso país. Por conta disso, quando tivemos que nomear a nossa instituição, não tivemos dúvidas: deveria e precisaria ser Zumbi dos Palmares. Ele retrata e sintetiza essa utopia de todos nós, povo brasileiro, que é de repetir a façanha do Quilombo de Zumbi, onde negros, brancos e índios- todos que ali se juntavam-, construíram uma alternativa de um país e de uma pátria com valores da liberdade da dignidade. Ao final de reconhecer a diferença como uma dimensão importante da sociedade humana, e se constituiu como o Brasil do B.
Nós tínhamos um Brasil da opressão, em que a escravidão vivia e em que existia a ditadura de um homem. Mas também tinha um outro Brasil da liberdade em construção. Então, tudo isso nos coloca hoje com a mesma possibilidade de construir e reconstruir esse país do B, em que esses fundamentos importantes da liberdade, da igualdade e do tratamento igualitário possam ser o centro. Essa é a primeira coisa, e a segunda delas é que essa luta, que não é nossa, - a gente só dá continuidade ao que os ancestrais fizeram-, mas que tem um componente simbólico muito importante, de levar essa agenda para os mais diversos espaços que até então tinha alguma resistência, ajuda não só a ampliar o caminho como consolidar a trajetória. Estar na Fiesp, significa que nós estamos avançando, que mais uma trincheira foi superada e que a esperança se levanta, porque até esse espaço simbólico foi possível de superar. Significa que a gente pode avançar com muita propriedade.
Por fim, a história do museu. O nosso país tratou de uma forma indevida a trajetória do negro brasileiro, e a mais expressiva desse tratamento indevido foi justamente nunca ter dado um espaço, um equipamento que fizesse um inventário dessa trajetória histórica que trouxesse para conhecimento a história de muito heróis e heroínas negras que, ao longo de toda essa trajetória, ajudaram a construir o país. E não se justificava que um país com esse antecedente de quase 400 anos de escravidão e com a maior população negra fora da África, não tivesse o equipamento para essa finalidade, dessa envergadura. A gente ficou muito feliz de poder ter criado as condições para que a cidade de São Paulo, o Estado de São Paulo e o nosso próprio país, passe a partir de agora. Te o primeiro museu da história do negro brasileiro- ainda mais vinculado à primeira universidade negro do nosso país.
IVAN LIMA - Eu tenho uma imensa satisfação e muita honra de conhecer o senhor e de poder compartilhar desse conhecimento. E não tenho dúvida que nós somos descendentes de um povo que desenvolveu a escrita, a ciência, a astrologia e as pirâmides. Somos parentes de homens e mulheres que desenvolveram as técnicas agrícolas e de metalurgia que foram imprescindíveis para os ciclos econômicos do Brasil. Temos o ciclo da cana no Nordeste, o ciclo do ouro e minérios em Minas Gerais e o ciclo do Café no Rio de Janeiro e São Paulo, que foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São Paulo e do Brasil.
Você sabe que existe uma história dos negros e da África sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem os negros e sem a África. A gente deve tudo isso muito ao Januário Garcia, que sempre trouxe essa ideia. Eu não tenho dúvidas que esse museu da história do negro sob o seu comando vai trazer um reconhecimento e uma valorização de toda essa contribuição da história e cultura afro-brasileira. Da mesma forma que a gente tem a Zumbi, a gente sabe que no início do século tivemos as ações afirmativas nas universidades, que inclusive você é um defensor e um lutador pela continuidade das cotas raciais, principalmente nas universidades. E eu gostaria que você pudesse dizer para nós dessa juventude, desses talentos que se formaram nesses 15, 20 anos e que hoje buscam oportunidade no mercado de trabalho e de ascender nas carreiras, dentro das empresas, das organizações. Como que você vê essa juventude e mesmo os executivos negros tendo oportunidade nas grandes empresas, nas empresas brasileiras?
JOSÉ VICENTE - Pois é, mas você sabe que essa é uma dimensão muito sensível da análise dessa trajetória e da análise mesmo dessa agenda na atualidade. Você citou a universidade, veja: para uma realidade mais ou menos parecida, os americanos produziram uma solução totalmente diferenciada, ou seja, o apratheid racial: universidade para negro, universidade para branco, igreja para negro, igreja para brancos, terras para negros e terras para branco.
Então, mesmo diante de um estado legal do apartheid, eles não deixaram de considerar que o conhecimento era uma um insumo importantíssimo para os negros, mas sobretudo para os negros. ajudarem os Estados Unidos a serem a potência que são hoje. Aqui no nosso país, nós fazemos diferente. A educação nunca veio, quando veio, veio tardia e quando veio, veio para poucos e não veio para os negros.
Basta lembrar que a nossa Universidade de São Paulo é de 1934. Imagine você que a Universidade de Howard, é de 1837 e todas as outras 130 universidades negras americanas são universidades Sesquicentenário, pois dá a dimensão de como a gente fez coisas diferentes.
Aqui os negros não chegaram na universidade quando puderam chegar. Só o fizeram através das cotas e das políticas afirmativas. Quando nós decidimos construir a Zumbi dos Palmares, nós fizemos até por uma pirraça movida pelo inconformismo. Naquela época, os negros eram 2% dos alunos da USP, sendo que 1% desses negros eram de convênios internacionais com os países africanos, ou seja, os negros brasileiros na USP era 1% e naquele momento a universidade tinha apenas quatro professores negros de 5000. Por conta disso, achávamos que era preciso fazer a denúncia e, junto com isso, pensar em um caminho alternativo. Foi sobre esses fundamentos que nasceu Zumbi dos Palmares. Veja que coisa curiosa: se a gente quiser olhar o copo meio vazio, a gente pode entender que a Zumbi dos Palmares ainda hoje é a única universidade negra no Brasil, é a uma verdade. Mas se a gente quiser pensar no copo meio cheio, considerando o número de alunos da Zumb, que são 2000, e você pensar nas 200 universidades federais e estaduais, então nós temos hoje 200 universidades Zumbi dos Palmares em todo o país. Porque só aqui na USP são 4500 jovens negros cotistas na Unicamp também na Unesp, na Federal do ABC, na Unifesp, enfim, em todas as universidades federais.
Conseguimos fazer a revolução de trazer o negro para dentro da universidade e de produzir a peça mais importante de qualquer país, que são recursos humanos de qualidade. O que está ainda emperrando? O que está obstaculizando? O que está impedindo que nós sejamos definitivamente bem-sucedidos? E o que fazer para que esse insumo, esse recurso humano possa ser acolhido no ambiente corporativo? É essa a dificuldade que nós não conseguimos romper ainda. Esse é o próximo desafio.
IVAN LIMA - Ainda nesse contexto de que além da questão da educação, não tivemos uma educação que pudesse contar a verdadeira história do negro no Brasil, não apenas do ponto de vista eurocêntrico, mas falando da contribuição negra e da contribuição indígena. Ou seja, todo mundo já sabe que os povos originários estavam aqui. Então, acho que num determinado momento tem que haver um pacto com a educação. Eu gostei muito de ouvir o Cristóvão Buarque dizer que nós precisamos ter uma educação nacional pública para todos os brasileiros. Eu tenho muito essa ideia de um planejamento estratégico de país que realmente invista a partir de determinado ano. Se a gente pensar nesse ano e até 2053 e imaginar que todos os brasileiros que nascerem tem que ser investido nele, tudo educação, saúde de base, para que daí, depois de um tempo, a gente possa verificar a transformação que a gente teve no país.
Mas trazendo agora para o raciocínio da sustentabilidade corporativa das empresas, realmente a pensar como que agora a gente sensibiliza as empresas para de fato valorizar a diversidade e incluir de verdade toda esses segmentos, porque isso vai, sem dúvida nenhuma, vai gerar rentabilidade e lucratividade. Gostaria que você falasse, para além da questão da reparação compensatória ou da ação afirmativa, mais como que a diversidade pode trazer a possibilidade da empresa ter mais rentabilidade, ou seja, aproveitar esse mercado da economia da população negra que hoje já gira em torno de dois trilhões de reais e que isso é importante por desenvolvimento sócio econômico. Como você acha que a gente deve trabalhar, inclusive aqui no LIDE Equidade Racial? Temos várias iniciativas, como a Preta Hub, bem como a Data Zumbi e Universidade Zumbi dos Palmares, o Mover. Como que a gente consegue, de fato, ter uma ação concreta e efetiva de inclusão dessa população no mercado de trabalho?
JOSÉ VICENTE - Acho que primeiramente nós temos uma questão ética empresarial. Nós estamos dizendo que o estado de coisas que se apresenta no país hoje, em alguma medida, é o estado de coisas que havia antes da abolição no tempo da escravidão, ou seja, o cerceamento e a limitação dos acessos aos espaços de realização pessoal e profissional sob a perspectiva ética e, sobretudo, num Estado moderno, estruturado em cima do mercado do consumo, do capitalismo e da negociação das forças de trabalho.
Nesse mercado você impedir o acesso do negro, você está impedindo a sua própria sobrevivência, você está impedindo que aquele objetivo de um país de livres se manifeste. Por conta disso, nós temos essa questão. E isso se faz em grande medida por um racismo estrutural, que até os dias atuais faz essa distinção de cidadãos brasileiros pela raça e pela cor da pele.
Essa questão séria que nós vamos precisar superar. Sob pena da gente não ser bem-sucedida, muitas empresas reconhecem e estão trabalhando para superar esses obstáculos e esses limites. Isso é uma coisa do ponto de vista e do da produção do negócio. Fundamentalmente, você precisa de recursos, de financiamento e você precisa de cérebros. Nós estamos dizendo que cérebros, os mais diversos e os mais distintos, podem entregar um produto finalizado muito melhor. Então, sobre essa perspectiva, deixar cérebros do lado de fora do processo significa fortalecer um pressuposto de produzir prejuízos quando poderia ser produzido o diferencial competitivo, quando poderia ser produzido lucratividade.
Então, por conta disso, deixar o negro de fora é perder a oportunidade de ter um produto melhor, mais aprimorado, mais bem acabado e que, por conta desse diferencial competitivo, poderia ser um produto muito mais qualificado no mercado. Uma das fundamentações para você estar em mercado extremamente competitivo é que você possa não só identificar segmentos, mas fidelizar os seus clientes ou aqueles que têm os recursos para comprar os seus produtos. No caso do consumidor negro, ele é não é reconhecido, ele é destratado e, no mais das vezes, até agredido. Nós temos visto como o consumidor negro tem sido tratado nos shoppings, como tem sido tratado nos supermercados, como tem sido tratado nesses espaços de prestígio.
Então, com uma atitude empresarial que hostiliza, que agride e até elimina o cliente negro no espaço corporativo, demonstra e denota que nós chegamos a um ponto de uma loucura social, mas não tem fundamento, não tem justificativa. Não tem como você construir uma racionalidade em cima de um ambiente de consumo que, além de excluir o cliente, o potencial cliente, ele ainda não só agride, não só violenta, não só hostiliza, como até elimina esse cliente.
Então, por conta disso, estamos diante de um desafio para o ambiente corporativo que vai exigir uma mudança de água para vinho. Nessa atitude, nessa postura, no acolhimento dessa agenda, para que, ao final, esse cliente possa ter um tratamento respeitoso, tolerante, igualitário e, por fim, é o que você bem enfatizou, a concorrência que está colocada está disputando o cliente no laço. Esse o negro tem e tem muito dinheiro no bolso, e se tem outros ambientes corporativos que estão prestando atenção nisso, que estão interessados nisso, que estão construindo meios e mecanismo para então se comunicar com esse cliente consumidor, seguramente ele vai ser mais bem-sucedido e vai ter bons resultados.
O cliente negro, primeiramente como indivíduo, cidadão, ele como um insumo, é um recurso humano de qualidade. Lembrando que, de novo, um desafio para um ambiente corporativo não é diferente do ambiente que antecedeu a abolição. Nós estamos num país em que nas 3000 maiores empresas do país não existem negros e ninguém em sã consciência consegue contar numa das mãos os presidentes negros das 3500 maiores empresas do nosso país. Então, isso, tanto quanto nos Estados Unidos da época das universidades, isso denominou apartheid de racial. E nossa geração está com esse desafio para produzir a melhor das soluções.
IVAN LIMA - É por isso que geralmente eu não gosto de comparar o negro brasileiro com o negro nos Estados Unidos, justamente porque são contextos totalmente diferentes. E aqui eu até costumo dizer que o racismo é mais sofisticado. Essa ideia do mito da democracia racial impediu, durante muito tempo, um avanço, como por exemplo o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negro do Estado de São Paulo, que nasceu em 1984, ou seja, só em 84, quase um século depois da abolição que o Estado reconhece que existe racismo no Brasil e cria um órgão para promover políticas públicas e fazer esse enfrentamento ao racismo.
Muitas empresas me dizem que querem colocar negros na organização, mas não sabem onde conseguir esses talentos. E aí eu penso que a Universidade Zumbi dos Palmares poderia ser uma grande parceira nesse sentido de dar a solução para esse tipo de oportunidades, que sem dúvida nenhuma, vai surgir à medida que a gente vai cada vez mais fomentar a necessidade de ter executivos negros, mas também ter negros e negras em todos os as posições, seja tática ou estratégica nas empresas. Então, eu queria ouvir você falar um pouco mais sobre essas possíveis parcerias e as que a Zumbi a Data Zumbi já promovem no mercado de trabalho.
JOSÉ VICENTE - Desde o início da Zumbi dos Palmares essa foi uma priorização, porque nós tínhamos convicção que sem construir as pontes para que os jovens negros acessassem o mercado de trabalho, dificilmente eles deixariam de ficar no meio do caminho. Então, por conta disso, já desde 2003 nós temos acordos de cooperação para acesso de vagas de jovens negros nas empresas, que para você ter uma ideia, só do Bradesco nós temos 400 jovens negros efetivados.
Esse é um caminho alternativo que está se constituindo do lado de fora dessa agenda central, que já está ganhando musculatura para nos animar a pensar numa solução de muito pouco prazo e por quê? Porque, juntamente com essa ação, primeiro de incluir os jovens, nós conseguimos reunir um conjunto de atores corporativos importantes que depois se debruçaram para construir a primeira iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, que completa dez anos, que reúne 70 empresas e que puxada pelo Bradesco e tantas outras, e que ao longo desses dez anos fizeram transformações importantes.
Para você ter uma ideia, o primeiro trainee foi do MagaLu, depois a Vivo e as demais que se seguiram e ao todo, todas empresas membros da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial. Depois, em decorrência da iniciativa, construiu- se o outro grupo, que é o Mover o movimento Empresas pela Equidade Racial.
São mais de 70 empresas que, dentre tantas outras coisas, estruturaram planos, metas, métricas e colocaram 70 milhões para qualificar jovens negros e meta de contratação de 10.000 negros até 2030. Então, são informações e conduções impensáveis há dez anos no nosso Brasil. E talvez o fato característico de tudo isso é de que, o que nos faltava, que eu disse no começo do nosso programa, que quando a gente se rebelou foi porque não tinha negros nos bancos escolares e por conta disso, não tinha negros para colocar no mercado de trabalho. Mas veio a revolução, sobretudo das cotas das ações afirmativas, e nesse exato momento nós temos 700.000 jovens negros nos bancos escolares das universidades públicas, via cotas e ações afirmativas. E temos mais um número extraordinário de jovens negros nas universidades privadas em decorrência do programa Universidade para Todos, ProUni, que também tem um recorte de negros. Então, aquela questão de cadê os negros qualificados para que eu possa contratar, está respondido.
O que nós precisamos é fazer esses dois movimentos agora. Olha, empresa, você precisa tirar essas barreiras que ainda tem um olhar enviesado para dentro dessa questão. E olha a empresa, estão aqui os talentos negros que você possa acessar num click. Então, por conta disso, a gente tem trabalhado para construir um ambiente em que reúna esses jovens negros, que possa disponibilizar num acesso muito prático ao mercado de trabalho, para que com isso a gente trabalhe nas duas dimensões.
Tirar, como eu bem disse, esses blocos que impedem a movimentação desses recursos para dentro das empresas e da mesma maneira, disponibilizar esses recursos de uma forma muito prática, muito ágil, muito fácil, para que a empresa possa colocar esse recurso humano para dentro.