Embraer, Santander, Suzano e Itaú defendem governança corporativa como valor de negócio
Executivos das grandes empresas participaram do Seminário LIDE | Governança Corporativa, em São Paulo.
Seminário Governança Corporativa | LIDE reuniiu executivos e lideranças em São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Lideranças dos conselhos do Santander, Suzano, CPFL, Embraer, Itaú Unibanco e Unifique participaram, nesta sexta-feira (27), do Seminário LIDE | Governança Corporativa, realizado na CASA LIDE, em São Paulo. O evento debateu a necessidade de incorporar processos eficazes dentro das companhias como maneira de alcançar o desenvolvimento sustentável baseado em princípios.
Daniel Feffer, vice-presidente do Conselho de Administração da Suzano. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
A relevância das empresas para a economia ficou evidente durante a fala do presidente do LIDE Governança Corporativa, Mario Anseloni, que reforçou que juntas, somam R$ 469 bilhões. Daniel Feffer, vice-presidente do Conselho de Administração da Suzano, que desde a década de 80 está na lista de empresas de capital aberto, defendeu que o futuro da temática nas companhias já está além da pauta ESG e transborda para um fator determinante: as relações humanas. Para ele, não é viável ter uma grande estrutura sem cuidado, pois o resultado é vazio.
Mario Anseloni, presidente do LIDE Governança Corporativa. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Também listada como uma companhia de capital aberto, o Santander, o terceiro maior banco privado no Brasil, esteve representado no evento pela Deborah Vieitas, presidente do Conselho de Administração da instituição. Em seu discurso, reforçou os desafios de assegurar a autonomia em uma companhia listada e controlada por outra também listada.
Deborah Vieitas, presidente do Conselho de Administração do Santander. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
De acordo com a executiva, apesar de existir um modelo de governança na região Ibérica e outro localmente, no Brasil, a comunicação e alinhamento são presentes para garantir um modelo de processo que seja ágil e competitivo. Deborah enfatizou que o processo sempre começa no local, o que permite analisar quais processos fazem sentido serem incorporados do âmbito global.
Karin Luchesi, presidente do conselho de Administração da CPFL. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Ainda em linha dos desafios da cultura de governança, Karin Luchesi, presidente do conselho de Administração da CPFL, lembrou que a história centenária da empresa já migrou de privada, estatal e hoje encontra-se como holding. Neste cenário, a executiva enfatizou que é necessário sempre respeitar a individualidade de cada companhia que a CPFL tem participação para que se fortaleça a relação não só com os minoritários, mas também com acionistas. “Falar de governança é falar de princípios. Respeitar é dar espaço, transparência e equidade”, complementa, Karin Luchesi.
Um olhar de fora
Roberto Setubal, copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibaco. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O papel dos conselhos nas empresas também ocupou lugar no debate durante o Seminário Governança Corporativa. Roberto Setubal, copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibaco, e ex-CEO por mais de duas décadas da instituição, foi claro ao afirmar que muito mais que achar soluções, a função do conselho é de questionar a fim de instigar novas ideias e ações dos executivos.
Em seu discurso, lembrou dos obstáculos durante a pandemia da Covid-19, que gerou incertezas no campo econômico e de segurança. Setubal reiterou que, neste período, o conselho do banco teve papel fundamental em discutir políticas de crédito e provisões para o cenário incerto, sem interferir na operação.
Tarsila Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Unifique Telecomunicações. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Com uma trajetória mais jovem, a Unifique Telecomunicações ingressou no mercado já com um planejamento de conselho mais estruturado, como comenta Tarsila Carvalho, presidente do Conselho de Administração da empresa. Segundo ela, a empresa iniciou as atividades colocando em prática a diversidade, o que cativa a compreensão das pautas que a sociedade discute. Na responsabilidade do conselho, entende que o desafio é equilibrar o olhar para o momento atual sem deixar de olhar para o futuro- garantindo relevância.
Alexandre Silva, presidente do Conselho de Administração da Embraer. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Alexandre Silva, presidente do Conselho de Administração da Embraer, esclareceu que além de defender os interesses dos acionistas, pelos quais foram eleitos, é preciso resguardar os interesses de todos os outros stakeholders da empresa.
O Seminário Governança Corporativa | LIDE teve patrocínio da Grant Thornton e TQI, apoio da FESA Group e Natural One como fornecedor oficial.