Danone expande projeto pioneiro de agricultura regenerativa para combater mudanças climáticas

A iniciativa faz parte do plano da companhia para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, com uma produção de leite mais sustentável, gerando benefícios aos produtores, aos animais e ao solo.

Fotos grátis de Prado Iniciativa da comanhia prevê a neutralização das emissões de carbono(Foto: Pixabay)

 

Combater as mudanças climáticas e neutralizar as emissões de carbono são duas das principais metas da Danone, que conta com uma estratégia robusta para manter-se na vanguarda de sustentabilidade, com a ampliação de técnicas inovadoras de produção de leite, como a utilização do sistema silvipastoril, que integra pecuária e floresta (IPF) na criação dos animais. A iniciativa, denominada Projeto Flora, começou a ser implementada no Brasil há dois anos e, recentemente, acomodou as primeiras vacas, de forma livre, na Fazenda Gordura, localizada em Guaranésia, Minas Gerais. Outras duas propriedades participam do programa no estado mineiro e passam por reestruturação para operar no mesmo sistema.

Além de ser benéfico ao meio ambiente, o modelo de produção de leite proporciona uma série de vantagens aos produtores, como o aumento da oferta de pastagem para os animais – gerado pela resiliência climática causada pelas árvores -, disponibilidade de alimento para o gado na própria fazenda em todos os períodos do ano, aumento da qualidade da pastagem, redução no volume de alimento consumido pelos animais, adubação homogênea e gratuita da pastagem por meio do manejo do esterco por meio de piquetes rotacionados, menor gasto de água e menor frequência de reforma do pasto.

Para a natureza, entre os benefícios notados, estão: redução de erosões no solo, aumento da ciclagem dos nutrientes e da água, aumento do estoque de carbono, aumento da diversidade de micro e macrorganismos, conforto térmico e liberdade para os animais, além de monitoramento constante da saúde.

A produtividade e a qualidade dos produtos lácteos também são fatores característicos do sistema IPF, já que os animais podem aumentar a produção de leite entre 17% e 24% em pastagem neste modelo e prevenir doenças e problemas de saúde por meio monitoramento constante, realizado pela MSD Saúde Animal.

A expectativa é que a Fazenda Gordura seja a primeira escola-modelo de agricultura regenerativa na produção de leite administrada por uma empresa de alimentos e bebidas no país. O objetivo é aumentar o interesse dos produtores por uma atuação mais sustentável e consolidar parcerias com, ao menos, 40 fazendeiros até 2023. Para isso, a Danone irá investir cerca de R$ 1 milhão, por ano, em capacitação e assistência técnica aos produtores de leite e profissionais ligados à iniciativa.

“Já temos uma fazenda produzindo leite no sistema IPF, e outras duas em fase de implementação do projeto. Começamos na Fazenda Gordura, onde já atuávamos de forma sustentável e realizamos os primeiros estudos e a estratégia para desenvolver o Flora com o apoio de empresas alinhadas ao nosso propósito - a MSD Saúde Animal, o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) e a Fuzil, empresa de insumos agrícolas. É muito gratificante chegar no estágio atual que nos encontramos, no qual poderemos, finalmente, mensurar os benefícios do projeto à saúde dos animais, ao solo, ao negócio dos produtores e à qualidade dos produtos”, explica Henrique Borges, diretor de Compras de Leite e Ingredientes Lácteos da Danone Brasil.

Todas isso impacta diretamente no combate às mudanças climáticas, na redução da emissão de gases de efeito estufa e no uso racional da água. Globalmente, a Danone está comprometida a investir € 2 bilhões nos próximos três anos neste importante combate, especialmente por meio da agricultura, que representa mais da metade das emissões de gases de efeito estufa da nossa cadeia de valor.

“Assim como em toda nossa operação, a produção do leite também é guiada por nossa visão Danone. One Planet. One Health, gerando impactos positivos para parceiros, animais, meio ambiente e consumidores. Acreditamos que a capacitação e a parceria entre diversos agentes do setor sejam poderosos catalisadores de mudanças fundamentais para a saúde das pessoas e do planeta, por isso, almejamos expandir o modelo de operação de integração pecuária-floresta para até 188 hectares até 2023”, ressalta Cibele Zanotta, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Danone Brasil.

A Danone é reconhecida como Empresa B Corp, por meio do Movimento Global de Empresas B – uma organização internacional independente que atesta que as empresas fomentam e constroem um sistema econômico mais equitativo, regenerativo e inclusivo para as pessoas e para o planeta, e tem como metas ser zero carbono até 2050, aumentar a eficiência energética e reduzir o consumo de energia elétrica até 2030.