Daniella Marques: um Brasil para elas
De acordo com a secretária especial, empresas aumentaram a participação de mulheres em cargos de liderança e desenharam estratégias robustas de ESG.
Daniella Marques Consentino é secretária especial de Produtividade e Competitividade do Governo Federal. (Foto: Divulgação)
Os tempos são desafiadores. A crise sanitária provocou, a partir de 2020, um choque econômico. Em meio a tudo isso, as mulheres foram mais afetadas porque ocupam trabalhos menos formais, estão nos setores mais atingidos pela crise e ainda são responsáveis pelos cuidados da casa, dos filhos, dos mais velhos e dos enfermos.
Vivenciei essa situação como mãe e ocupante de uma posição relevante no governo. Sei na pele o que é buscar caminhos de saída desse ciclo, rumo a um futuro próspero. Foi para começar uma transformação econômica, social e cultural das mulheres que lançamos, em março passado, o “Brasil pra Elas”.
O programa é uma estratégia ampla para estimular empreendedoras. As ações envolvem bancos, empresas, Sebrae e sociedade civil. Agir em favor das mulheres será sempre algo político, mas para além das disputas partidárias. É preciso juntar forças.
O governo federal vem atuando fortemente nessa agenda, mas ainda há muito a ser feito, pois a solução é sistêmica: investir em mulheres muda trajetórias de cada uma delas, de suas famílias, de comunidades, de cidades e do país.
Toda jornada transformadora começa com um primeiro passo. Honrando a posição de liderança que ocupo, estou abrindo espaços, agendas e conversas para criar estratégias que levem à independência financeira das mulheres. Elas devem ocupar os espaços que desejam.
No setor privado, as empresas aumentaram a participação de mulheres em cargos de liderança e desenharam estratégias robustas de ESG (como as políticas afirmativas de compras de empresas de mulheres). O desafio para o futuro é grande e estimulante.
Estamos falando de: dar maior acesso das mulheres à tecnologia; reduzir a burocracia para crédito, capital-semente, investimento-anjo e finanças de origem mista (“blended-finance”); aumentar o acesso das mulheres aos mercados e clientes; trazer soluções para quem não tem conta bancária ou acesso à internet; levar soluções para populações tradicionais como quilombolas e indígenas; viabilizar ações para empreendedoras que não têm onde deixar seus filhos na hora do trabalho; e dar oportunidades a quem está longe dos grandes centros urbanos e àquelas que vivem nas periferias de todas as regiões do país.
Se os desafios são muitos, a vontade de encontrar soluções é maior. Cada um de nós pode construir um caminho mais próximo e legítimo, no qual todo indivíduo possa sonhar e acordar para concretizar. Convido você a conhecer o portal gov.br/brasilpraelas e a fazer parte dessa jornada.
Fonte: Agência de Notícias da Indústria