Complexo Eólico Tucano, operado 100% por mulheres, é inaugurado na Bahia
Parte do corpo técnico feminino foi formado em curso oferecido em parceria com o SENAI-BA.
O projeto recebeu R$ 1,5 bilhão em investimentos. (Foto: Divulgação)
O primeiro complexo eólico do Brasil com operação e manutenção 100% realizado por mulheres foi inaugurado, em Salvador, pela AES Brasil, referência na produção de energia com fontes 100% renováveis do país, e pela Unipar, líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC na América do Sul.
A usina fica localizada nos municípios de Tucano, Biritinga e Araci, na Bahia, cerca de 250 quilômetros da capital baiana.
A capacitação de parte da equipe feminina foi resultado de uma iniciativa em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia (SENAI-BA), por meio do curso gratuito e exclusivo para mulheres de Capacitação em Especialização Técnica em Manutenção e Operação de Parques Eólicos, realizado em 2021. Foram formadas 28 profissionais residentes próximo ao Complexo e uma parte irá atuar na planta de Tucano.
A iniciativa se expandiu e, neste ano, foram abertas inicialmente 60 vagas, e que, após alta procura, se tornaram 76 vagas para curso semelhante, mas no Rio Grande do Norte. Lá, está em construção o Complexo Eólico Cajuína, que seguirá o modelo de Tucano e também será operado exclusivamente por mulheres.
O propósito de promover a participação de mulheres no setor faz parte de um dos Compromissos ESG 2030 da companhia. O objetivo é promover diversidade, equidade e inclusão, entre outras iniciativas, aumentando a participação de mulheres em cargos de liderança e operação da empresa.
“O Complexo Eólico Tucano é um projeto importante por inúmeras razões”, destacou Rogério Jorge, CEO da AES Brasil e porta-voz do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 7 (ODS 7) – Energia Limpa e Acessível do Pacto Global da ONU no Brasil.
“Além de contribuir para a transição energética e ser pioneiro no Brasil, com um time de Operação & Manutenção composto apenas por mulheres, é o primeiro projeto eólico construído pela AES Brasil no país e, com isso, materializa nossa estratégia de crescimento com nossas credenciais para execuções desse tipo”, completou.
Além da liderança na representatividade de mulheres, o Complexo Eólico Tucano tem como destaque a capacidade de evitar a emissão anual de 57,6 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE). O projeto, que recebeu R$ 1,5 bilhão em investimentos, conta com 52 aerogeradores, que passarão a adicionar 322 MW de energia renovável à matriz elétrica brasileira (capacidade suficiente para abastecer quase 800 mil casas).
Desse total de energia elétrica gerada pelo Complexo Eólico Tucano, a Unipar contratou 60 MW médios para alimentar as unidades no Brasil. A empresa tem objetivo de alcançar 100% da demanda de energia elétrica proveniente de fontes renováveis.
“A Unipar tem como propósito ser confiável em todas as relações e traçou metas ambiciosas de sustentabilidade a médio e longo prazos para contribuir com esse objetivo”, afirma Mauricio Russomanno, CEO da Unipar. “A transição para uma matriz energética renovável não apenas faz parte do compromisso assumido pela companhia, gerando redução de emissão de CO2 dentre outros pontos, como ainda contribuirá para nossa competitividade no setor, uma vez que a energia elétrica representa aproximadamente 50% dos custos da produção de cloro/soda”, explicou.
Referência em energia renovável
O complexo é um dos empreendimentos que integram os 23 ativos que a AES Brasil implementa em sete estados brasileiros, nas fontes eólica, solar e hídrica, e é o primeiro complexo eólico construído pela empresa no país. A companhia opera na Bahia desde 2017, com o Complexo Eólico Alto Sertão II.
Ao todo, a AES Brasil soma em seu portfólio 5,2 GW de capacidade instalada proveniente de fontes 100% renováveis. Do tota, 2,7 GW são de fontes hídricas, 2,2 GW eólica e 0,3 GW solar.