Alex Allard, do Cidade Matarazzo: 'A empresa mais valorizada do mundo é a Amazônia. Ela é o caminho'
Encontro da Plataforma LIDE ESG ocorreu no Cidade Matarazzo-Rosewood, em São Paulo. Para Allard, 'o grande desafio da nossa cultura é que fazer o bem tem que ser gratuito'. Trata-se da terceira reunião do grupo, cujo foco dos debates está nos três pilares da sigla.
Alexandre Allard, anfitrião do encontro e criador do Cidade Matarazzo-Rosewood. (Foto: João Amaro/LIDE)
A preservação ambiental deve ser priorizada pelo setor produtivo como um ativo para investimentos - e de legado ao mundo. Essa é a conclusão dos líderes integrantes da Plataforma LIDE ESG, que se reuniram no Complexo Matarazzo, no Hub do Aya Iniciative, em São Paulo, nesta terça-feira (21). Trata-se da terceira reunião do grupo, cujo foco dos debates está nos três pilares da sigla.
O empresário Alexandre Allard, anfitrião do Café da Manhã da Plataforma LIDE ESG no Cidade Matarazzo-Rosewood, disse que os grandes líderes têm de comandar a transformação do modelo da terceira geração do capitalismo. O objetivo é para que o cuidado torne-se cíclico: o setor produtivo zele pelos consumidores, e vice-versa.
"Certamente, a preservação vale mais a pena do que a extração. A coisa mais importante que eu aprendi, 25 dedicando a minha vida para trazer um novo caminho para humanidade, é que salvar o planeta tem que gerar uma riqueza gigante. O grande desafio da nossa cultura é que fazer o bem tem que ser gratuito. Esse legado temos de deixar".
Allard também chamou a atenção para a necessidade de se conservar a Amazônia, que concentra-se no Brasil, mas atravessa diversos países da América do Sul. "Dizem que a maior empresa do mundo é a Apple. Não. A empresa mais valorizada do mundo é Amazônia. Ela é o caminho da preservação. A Amazônia é a maior reserva de biogenética do planeta".
Líderes se reuniram no Complexo Matarazzo. (Foto: João Amaro/LIDE)
Para Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE, a preservação é encarada, primeiramente, como um custo ou um problema. "Mas é o contrário: é uma fonte de geração de valor. Para isso, é preciso investir. Transformar o tesouro Amazônia como um grande ativo, em vez de olhar como um passivo e ficar apenas defendendo. Temos de agir".
Ricardo Assumpção, CEO da Grape ESG e curador da Plataforma LIDE ESG, avaliou que os encontros do grupo agregam como fontes seguras, embasando líderes nas tomadas de decisões de maneira segura. "A gente vive um excesso de informação sobre ESG que atrapalha a tomada de decisão. O time ESG do LIDE ajuda e tem um papel fundamental em qualificar".
Patrícia Audi, vice-presidente executiva do Santander, lembrou da importância de sensibilizar para mobilizar. Para ela, é indispensável que a "lição de casa seja feita" e que a importância de se trabalhar o ESG vá além. "Nosso papel, nessa imersão, é de distribuir informação dentro das nossas empresas, e trazer resultados concretos".
Para Roberto Giannetti da Fonseca, empresário e presidente do LIDE Energia, o mundo enfrenta um rápido processo de atualização tecnológica. "E nós devemos trazer essa celeridade para o Brasil. Temos o papel de ser protagonistas. Nosso papel, neste contexto ESG, é transformar o meio para que possamos ampliar horizontes e trazer um futuro limpo, pelo equilíbrio da matriz energética".
Encontro da Plataforma LIDE ESG ocorreu no Cidade Matarazzo-Rosewood. (Foto: João Amaro/LIDE)
Índice
Em abril, a Plataforma LIDE ESG anunciou a criação de um indicador de mercado para mensurar resultados dos pilares do desenvolvimento, da sustentabilidade e da governança do empresariado brasileiro. "Estamos desenhando este modelo de score para atender todas as cadeias de valor do Brasil, atribuindo uma nota à empresa", afirmou Ricardo Assumpção.
Trata-se da terceira reunião do grupo. (Foto: João Amaro/LIDE)
Líderes se reuniram no Complexo Matarazzo. (Foto: João Amaro/LIDE)