Nova Indústria Brasil (NIB) é um caminho consistente para revitalizar a indústria, avalia a CNI

Financiamentos de R$ 300 bilhões vão apoiar investimentos do setor produtivo.

Ricardo AlbanRicardo Alban, presidentee da Confederação Nacional da Indústria (CNI). (Foto: Divulgação)

A Nova Indústria Brasil (NIB) foi lançada pelo governo federal nesta segunda-feira (22) com o objetivo de reverter a desindustrialização precoce do país e impulsionar o desenvolvimento nacional, até 2033, com ênfase nas questões de sustentabilidade e inovação. Com a NIB, o Brasil dá um passo decisivo em direção à neoindustrialização.

"Esta política representa uma visão de futuro. Uma declaração de confiança em nossa capacidade de competir e liderar áreas estratégicas diante do mundo", afirma o ministro Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A NIB define metas para cada uma das seis missões que norteiam os esforços até 2033. Para alcançar cada meta, há áreas prioritárias para investimentos e um conjunto de ações propostas que envolvem esforços de todos os ministérios, de membros do CNDI e do setor produtivo nacional. Os R$ 300 bilhões em financiamentos anunciados têm impacto fiscal adicional zero ao longo dos quatro anos do plano e apoiam os investimentos necessários.

“Essa nova política vai induzir investimentos em sustentabilidade, produtividade e no fortalecimento de cadeias produtivas no país promovendo crescimento econômico e desenvolvimento social para os brasileiros. É hora de somarmos e transformarmos políticas públicas em ações efetivas e desenvolvermos o nosso país”, aponta o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

Indústria quer investir em sustentabilidade

67% dos empresários industriais brasileiros têm interesse em acessar linhas de crédito para impulsionar iniciativas sustentáveis que apoiem a transição para uma economia de baixo carbono e a disseminação de tecnologias verdes. É o que aponta pesquisa da CNI realizada com empresários de todo o país.

“Temos muito a fazer. O setor empresarial construindo estratégias vencedoras, aumentando a participação na agenda verde e as políticas públicas dando respostas às decisões privadas de investimento”, avalia Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI.

A mesma pesquisa indica que o principal foco de investimento dos empresários industriais é o uso de fontes renováveis de energia, citado por 42% dos entrevistados, seguido por modernização de máquinas (36%). A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todas as unidades da Federação. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 3 e 20 de novembro de 2023.

Neoindustrialização

A nova política industrial busca: melhorar diretamente o cotidiano das pessoas, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional. Para a CNI, o plano inclui as condições necessárias para a neoindustrialização.

“As seis missões são acertadas e a mais importante delas é a transição energética. Há uma forte aderência com a visão da CNI nessa agenda e a continuidade disso vai ser um enorme esforço, como o presidente Lula falou. O plano é excelente. Agora, precisamos tirar do papel e transformá-lo em realidade”, concluiu Lucchesi.