Mastercard aponta gargalos e soluções para PMEs nos pagamentos internacionais
Relatório mostra que pequenas e médias empresas enfrentam taxas de até 30% e longos prazos de liquidação, e aponta caminhos para ampliar a competitividade global.
Walter Pimenta, vice-presidente executivo da Mastercard para a América Latina e o Caribe. (Foto: Divulgação)
A Mastercard divulgou um estudo que detalha os desafios das pequenas e médias empresas (PMEs) da América Latina e do Caribe nos pagamentos internacionais. Apesar de 60% das PMEs já operarem com fornecedores fora de seus países, chegando a 75% no México e no Brasil, a maioria encontra custos desproporcionais, atrasos e baixa transparência nas transações.
No Brasil, 80% das operações demoram mais de quatro dias para serem liquidadas e uma em cada cinco ultrapassa dez dias. O envio de apenas US$ 250 pode envolver taxas médias de 23,3%, chegando a 30% dependendo do destino.
As PMEs representam 98% das empresas e 60% dos empregos da região, mas ainda enfrentam um sistema pensado para grandes corporações. O levantamento indica que bancos concentram 75% desses fluxos, mas precisam modernizar processos para não perder espaço para novas soluções tecnológicas.
A Mastercard aposta no portfólio Mastercard Move para reduzir intermediários, dar transparência em tempo real e acelerar liquidações em mais de 150 mercados, incluindo opções no mesmo dia.
"Para alcançar seu verdadeiro potencial, elas precisam de uma infraestrutura financeira que as acompanhe em sua jornada global", disse Walter Pimenta, vice-presidente executivo da Mastercard para a América Latina e o Caribe.
O relatório, elaborado em parceria com a Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) e a consultoria K2, analisou 70 transações internacionais, entrevistou 36 representantes do setor e revisou dados públicos entre janeiro e março de 2025.